terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Capas de grandes livros



Estava agora a pouco fazendo a compra de um livro pela internet, quando me deparei com um grande livro que li há quase três anos atrás. O título em português é Enquanto o Ditador Dormia, da editora Nova Fronteira. Porém, tive a felicidade de achar também o trabalho original, que em Portugal tem como título Enquanto Salazar Dormia, da editora Casa das Letras. Trago para vocês agora as duas capas para que analisem e tirem suas conclusões sobre qual é a mais interessante. Devo dizer a todos que muitas vezes, a capa de um livro trás muito sobre o que o autor quer dizer. A primeira capa a cima é do livro editado em Portugal, logo depois vem a capa da editora Nova Fronteira aqui do Brasil. Até.




segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Daniel Boaventura - Dio come ti amo

Que maravilha de canção! Já havia escutado na voz maravilhosa de Gigliola Cinquetti. Esta música embalou a trilha sonora do lindo filme italiano Dio, come ti amo, onde Cinquetti faz o papel princial. Trago para vocês hoje uma versão maravilhosa do cantor e ator baiano Daniel Boaventura. Garanto que a qualidade na interpretação é espetacular. Confira.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Hoje faz dez anos que entrou no ar uma das maiores bobagens da televisão brasileira



Antes de sair para o aniversário da minha querida sobrinha Giovanna, senti vontade de desabafar um pouco sobre a qualidade dos programas de TV. Sei que algumas pessoas podem não concordar comigo, mas como educador me sinto obrigado a escrever estas linhas. Hoje faz aniversário um dos piores programas que a televisão brasileira já produziu: Big Brother Brasil. É incrível como a mídia, com todo seu poder de formadora de opinião consegue chegar num nível tão baixo como eu nunca vi nos últimos anos. Mais incrível ainda é saber que existem jornalistas que se submetem a tudo isso. Nos últimos anos a televisão brasileira assistiu a um curso completo para formação de trapaceiros, desonestos, falsos, e todo tipo de gente que aposta em se dar bem às custas de sacanagem. Pessoas que se submetem a exposição no mais alto grau a troco de dinheiro. Homens e mulheres se prostituindo, submetidos a castigos físicos que até hoje eu me pergunto porque é que os diretos humanos ainda não agiram no que conserne a este programa. O Brasil precisa acordar para este lixo, e deixar de patrocinar esta p... Este programa só é realidade porque muitos brasileiros ligam e com seu suado dinheirinho investem o seu suado dinheirinho para manter esta besteira. Vamos acordar "Grandes Irmãos do Brasil".

sábado, 28 de janeiro de 2012

Sonhos em forma de canção

Antes de dormir resolvi postar uma música muito especial. Sempre que ouço esta canção, minha mente voa longe, lá para os meus sete anos de idade, quando, ao chegar da escola e minha mãe estava assistindo um folhetim chamado "Livre Para Voar". Saudade de um tempo que não volta mais, porém ficam estas pérolas que enchem os nossos corações de emoção. Até amanhã.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Casamento Silencioso




Foi com muita alegria que pude assistir hoje a tarde através de um canal a cabo, este belo filme romeno. O cinema romeno vem se sobressaindo por apresentar filmes fortes, cruciais e originais se levarmos em conta seu tímido mercado. Filmes premiados como A Leste de Bucareste e Como Festejei o Fim do Mundo chamam a atenção do mundo para essa cinematografia de humor e inventividade bastante singulares. Em 2007, Cristian Mungiu venceu o prêmio do Festival de Cannes com 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias. Numa época em que cinematografias mais clássicas tem proporcionado pouco de realmente inovador, o cinema romeno surge como um grande causador de inovações. Dentre esses filmes está o longa Casamento Silencioso.
O filme começa já nos dias atuais, quando uma equipe de reportagem chega a uma antiga vila romena para fazer uma reportagem sobre fatos sobrenaturais. O lugar solitário é habitado apenas por mulheres enlutadas errantes. Os jornalistas intrigados e solicitam ao prefeito, único homem da terra, que lhes conte o que sobreveio ali. Essa é a deixa para o desenrolar do longo flashback que compõe o filme.
O ano é 1953 e a Romênia vive sob o comando do comunismo russo, embora reúna poucos simpatizantes do regime. A severidade russa era vista com escárnio e troça pelos alegres e agitados moradores daquela região de campesinos onde as discórdias resolviam-se na base de anedotas e vinho na bodega local. Mara e Iancu, jovens na efervescência da paixão, vivem a entranhar-se no bosque para fazer amor, o que vem a público e causa buchicho entre os familiares do casal. O pai da senhorita quer forçar o matrimônio e o pai do rapaz defende a tese de que ela se ofereceu porque quis. Depois de um início de confusão, Iancu restitui a paz ao concordar em se casar com Mara e tudo termina em abraços e embriaguez generalizada. A data é marcada e cada morador se compromete nos preparos da ampla festa grupal. Precisamente no dia da boda, chega à aldeia a notícia da morte de Stalin. O governo russo estabelece sete dias de luto oficial e, durante essa semana, nenhum tipo de celebração será admitido. O festejo, que estava principiando, é interrompido por um oficial russo, que ordena que a gororoba seja recolhida e as mesas desfeitas. Mas os habitantes não pretendem abrir mão de toda comemoração organizada e decidem prosseguir com a festa em segredo, silenciosamente. Evidenciando um senso de humor pra lá de característico, podemos compreender que a trama nos prepara desde os primeiros momentos para o casamento silencioso do título. Àquela altura, já não nos parece improvável que aquelas pessoas arrisquem a vida e a liberdade em nome de uma festança. Porque sua alegria de viver significava a própria liberdade. Era o que os mantinha ligados e lhes dava identidade como aldeia.
A reunião silente e a criatividade com que eles continuam a festejar é uma das mais atraentes sequências que já tive chance de ver no cinema. Puramente antológica. Apesar da situação essencialmente cômica, o sinistro insinua-se no ar e cada episódio divertido mistura-se a um sentimento de tensão muito agudo. Em vários momentos o espectador sente-se perturbado entre achar graça ou atemorizar-se pelo destino daquelas pessoas que bravamente resistem a serem estorvadas em seus direitos. Mesmo que o direito em questão seja algo aparentemente ingênuo como festejar um casamento. A mensagem da história vai muito mais a frente do acontecido naquela minúscula aldeia e fala de uma terra silenciada que transforma no bom humor e na obstinação em não abrir mão de seu estilo de vida uma forma de resistência. Um urro de liberdade em um brinde mudo, em uma banda que toca uma canção imperceptível, em um agradecimento passado de ouvido em ouvido.
Apesar da sequência do casamento ser o ponto alto do filme, outra ocasião que vale a pena ser destacado e serve como prognóstico do que está para ocorrer é quando emissários do governo russo incumbem o prefeito de exibir um filme para o povo. Perante de seus argumentos de que não possuem luz elétrica, o pobre homem é avisado a dar seu jeito sob pena de ser incriminado por impedir o desenvolvimento cultural do povoado. O que se vê no cinema arranjado é pura publicidade ideológica e logo aquelas pessoas mais preocupadas em bem viver do que em ouvir preleções vazias se distraem e criam uma divertida mímica ao estilo de Chaplin que ocorre na plateia, e não na tela. Por tudo isso, o filme do diretor e roteirista Horatiu Malaele é mais um primíssimo clássico do cinema que vem do leste europeu. Que bons ventos permaneçam soprando de lá.


... E vamos ao cinema!!!

O Tom do Brasil

Se estivesse vivo, este gênio da música mundial completaria 85 anos hoje. Nossa homenagem ao inesquecível Tom Jobim. Suas músicas embalaram o amor de casais de várias gerações, e mostraram ao mundo inteiro a capacidade brasileira de criar um estilo de música refinada. Valeu Tom!!!!!!!!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Veja a lista de indicados ao Oscar

Academia de Hollywood anuncia concorrentes nesta terça (24).Premiação vai acontecer no dia 26 de fevereiro, em Los Angeles.

Do G1, em São Paulo.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou nesta terça-feira (24) a lista de indicados ao Oscar 2012. O filme de Martin Scorsese "A Invenção de Hugo Cabret" lidera a lista, com 11 indicações da Academia, que vai revelar os vencedores no dia 26 de fevereiro, em Los Angeles. (Assista ao diretor Martin Scorsese comentando o filme no vídeo ao lado).O filme francês "O Artista", principal vencedor em premiações anteriores, tem 10 indicações, e "O Homem que Mudou o Jogo" tem seis. Sergio Mendes e Carlinhos Brown concorrem ao prêmio de melhor canção original, pelo tema da animação "Rio". O longa brasileiro inscrito para concorrer ao prêmio de melhor em língua estrangeira, "Tropa de elite 2", já está fora da disputa desde quarta (18), quando foi divulgada uma lista de nove pré-selecionados para a categoria.

Veja abaixo a lista completa de indicados:

Melhor filme:"Cavalo de guerra"/"O artista"/"O homem que mudou o jogo"/"Os descendentes" "A árvore da vida"/"Meia-noite em Paris"/"História cruzadas"/"A invenção de Hugo Cabret"/"Tão forte e tão perto".


Melhor ator: Demián Bichir - "A better life"/George Clooney - "Os descendentes"/Jean Dujardin - "O artista"/Gary Oldman - "O espião que sabia demais"/Brad Pitt - "O homem que mudou o jogo".


Ator coadjuvante: Kenneth Branagh - "Sete dias com Marilyn"/ Jonah Hill - "O homem que mudou o jogo"/Nick Nolte - "Warrior"/Max Von Sydow - "Tão forte e tão perto"/Christopher Plummer - "Beginners".


Melhor animação: "A Cat in Paris"/"Chico & Rita"/"Kung Fu Panda 2"/"Gato de Botas"/"Rango".


Melhor atriz: Glenn Close - "Albert Nobbs"/Viola Davis - "Histórias cruzadas"/Rooney Mara - "Os homens que não amavam as mulheres"/Meryl Streep - "A dama de ferro"/Michelle Williams -"Sete dias com Marilyn


Melhor atriz coadjuvante: Octavia Spencer - "Histórias cruzadas"/Bérénice Bejo - "O artista"/Jessica Chastain - "Histórias cruzadas"/Janet McTeer - "Albert Nobbs"/Melissa McCarthy - "Missão madrinha de casamento".


Melhor roteiro original: "O artista"/"Missão madrinha de casamento"/"Margin Call"/"Meia-noite em Paris"/"A separação".


Trilha sonora original: "As aventura de Tintim" - John Williams/"O Artista" - Ludovic Bource/"A invenção de Hugo Cabret" - Howard Shore/"O espião que sabia demais" - Alberto Iglesias/"Cavalo de guerra" - John Williams.


Canção original: "Man or Muppet", de "Os Muppets", música e letra de Bret McKenzie/"Real in Rio", de "Rio", música de Sergio Mendes e Carlinhos Brown, letra de Siedah Garrett.


Maquiagem: "Albert Nobbs"/"Harry Potter"/"A dama de ferro".


Direção de arte: "O artista"/"Harry Potter"/"A invenção de Hugo Cabret"/"Meia-noite em Paris"/"Cavalo de guerra" .


Fotografia: "O artista"/"Os homens que não amavam as mulheres"/"A invenção de Hugo Cabret"/"A árvore da vida"/"Cavalo de guerra".


Figurino: "Anonymous" /"O artista"/"A invenção de Hugo Cabret"/"Jane Eyre""W.E."


Diretor: Michel Hazanavicius - "O artista"/Alexander Payne - "Os descendentes"/Martin Scorsese - "A invenção de Hugo Cabret"/Woody Allen - "Meia-noite em Paris"/Terrence Malick - "A árvore da vida" .


Documentário (longa-metragem): "Hell and Back Again"/"If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front"/"Paradise Lost 3: Purgatory"/"Pina""Undefeated".


Documentário (curta-metragem): "The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement"/"God Is the Bigger Elvis"/"Incident in New Baghdad"/"Saving Face"/"The Tsunami and the Cherry Blossom".


Edição: "O artista"/"Os descendentes"/"Os homens que não amavam as mulheres"/"A invenção de Hugo Cabret"/"O homem que mudou o jogo".


Melhor filme em língua estrangeira: "Bullhead" - Bélgica "Footnote" - Israel "In Darkness" - Polônia "Monsieur Lazhar" - Canadá "Separação" - Irã.


Curta-metragem de animação: "Dimanche"/"The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore"/ "La Luna"/ "A Morning Stroll"/ "Wild Life".


Curta-metragem: "Pentecost"/ "Raju"/ "The Shore" /"Time Freak"/ "Tuba Atlantic".


Edição de som: "Drive"/ "Os homens que não amavam as mulheres"/"A invenção de Hugo Cabret"/"Transformers: o lado oculto da lua"/"Cavalo de guerra".


Mixagem de som: "Os homens que não amavam as mulheres"/"A invenção de Hugo Cabret"/"O homem que mudou o jogo"/"Transformers: o lado oculto da lua"/ "Cavalo de guerra".


Efeitos visuais: "Harry Potter"/"A invenção de Hugo Cabret"/"Gigantes de aço"/"Planeta do macacos"/"Transformers: o lado oculto da lua".


Roteiro adaptado: "Os descendentes"/"A invenção de Hugo Cabret"/"Tudo pelo poder"/"O homem que mudou o jogo"/"O espião que sabia demais".

Poesia e emoção no livro "Cartas do meu moinho"




Ontem eu acabei de ler com enorme deleite, um livro antigo chamado "Cartas do meu Moinho", do escritor francês Alphonse Daudet. Estava perdido num cantinho da minha estante, cheio de recordações antigas, dedicatórias de antigos donos (devo dizer que encomendei de um sebo de São Paulo). Foi oferecida a antiga dona por conta de seu aniversário de quinze anos. Fiquei fascinado por este clássico por causa das belas histórias que ele narra. Trata-se do relato de um poeta durante um período de sua vida em que morou num velho Moinho abandonado, no sul da França, na região da Provença. A sua estadia nesta região bucólica o ensinou muito sobre a cultura e o folclore local, o que foi de suma importância para que o autor pudesse escrever fábulas sobre a cultura local. Quando acabei de ler esta preciosidade, decidi que um dia, também escreveria um livro assim, cheio de imagens belas e de palavras coloridas, que nos fazem sonhar e viajar para terras longínquas. Aqui trago um trecho desta maravilhosa obra:



"As Estrelas - Narrativa de um Pastor Provençal"




“No tempo em que eu guardava gado no Luberon, estava semanas inteiras sem ver vivalma, sozinho na pastagem com o meu cão Labri e as minhas ovelhas. Lá de longe em longe, o eremita do Monte Ure passava por ali á procura de ervas medicinais, outras vezes eu via a cara enfarruscada de algum carvoeiro de Piemonte (…). Por isso, de quinze em quinze dias, quando ouvia no caminho os guizos da mula da nossa quinta que ia levar-me as provisões da quinzena, e via aparecer a pouco e pouco, acima da encosta, a cabeça esperta do moço da quinta ou a touca berrante da velha tia Norade, sentia-me verdadeiramente feliz. Pedia-lhes que me contassem as novidades lá de baixo, os baptismos e os casamentos; mas o que mais me interessava era saber o que era feito da filha dos patrões, a menina Stéphanette, a rapariga mais linda dez léguas em redor. Sem mostrar demasiado interesse, informava-me se ela ia muito a festas, a serões e se continuava a ter muitos pretendentes; e a quem me perguntar o que isso me importava, a mim, pobre pastor da montanha, eu respondo que tinha 20 anos e que a Stéphanette era a coisa mais linda que eu tinha visto em toda a minha vida.



(…) Que linda que ela era! Os meus olhos não se cansavam de a olhar. È verdade que nunca a tinha visto de tão perto. Às vezes, no Inverno, quando os rebanhos desciam para a planície e eu voltava á quinta para cear, ela atravessava a casa a correr, sem mesmo falar aos criados, sempre bem arranjada e um pouco orgulhosa… E agora ei tinha-a ali na minha frente, só para mim. Não era de perder a cabeça?


(…) Ela olhou outra vez para o alto, com o queixo apoiado nas mãos, envolta na pele de carneiro como uma pastora de estrelas:- Quantas estrelas! E como é bonito! Nunca tinha visto tantas… e sabes os nomes delas Pastor?


- Sei sim, Patroa… Olhe! Mesmo por cima de nós é a Estrela de Santiago (Via Láctea). Vai desde a França direitinha á Espanha. Foi S. Tiago da Galiza quem a traçou para indicar o caminho ao valente Carlos Magno quando ele fazia guerra ao Sarracenos. Mais além, tem o Carro das Almas (Ursa Maior) com os seus quatro eixos resplandescentes. As três estrelas de lá são as Três Mulas e aquela muito pequenina ao pé da terceira é o Cocheiro. Vê em toda a volta esta chuva de estrelas a caírem? São as Almas que Deus não quer no Céu (…) Mas a estrela mais bonita de todas, Patroa, é a nossa, a Estrela do Pastor, que nos ilumina ao alvorecer quando saímos com o rebanho, e á noite quando o recolhemos. Também lhe chamamos Magalona, a bela Magalona que persegue Pedro de Provença (Saturno) e se casa com ela de sete em sete anos.


- O quê Pastor, as estrelas também se casam?


- Pois casam, Patroa.


E quando tentava explicar-lhe o que eram esses casamentos, senti qualquer coisa fresca e suave pousar levemente no meu ombro. Era a cabeça dela, cheia de sono que se apoiava no meu ombro, num rogaçar de fitas, de rendas e de cabelos ondulados. Ficou assim, imóvel, até que os astros do seu empalidecerem, apagados pela luz do dia.Eu via-a dormir, um pouco perturbado no fundo do meu ser, mas santamente protegido pela noite límpida que nunca me trouxe senão ideias, pensamentos puros. Em nossa volta, as estrelas continuavam a sua rota silenciosa, dóceis como um imenso rebanho; e por instantes, julguei que uma dessas estrelas, a mais frágil, a mais brilhante de todas, que se perdera no caminho, tinha vindo repousar no meu ombro para dormir.”


Alphonse Daudet, “Cartas do meu Moinho”.



... E vamos ao cinema!!!!!!!

Elis... Para sempre

É simpesmente de arrepiar quando ouço esta música. Dificilmente produziremos uma artista com tanto poder de interpretação como Elis. Fenomenal! Não tenho palavras para expressar a suntuosidade desta cantora! A maravilha que como cantava! Aliás, ela não cantava! Ela expressava sua alma na música, sentir música e não apenas cantá-la. Que bom se tivéssemos isso ainda hoje, nossos jovens (como eu) seriam bem mais formados!


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A Banda



Sensibilidade, sutileza, fotografia, emoção e arte. Ingredientes que distinguem este belo filme dos filmes enlatados. Depois de ter assistido este belo trabalho, posso dizer sem sombra de dúvida que com certeza esta película vale a pena ser vista. O filme narra a história de uma pequena banda da polícia egípcia que chega a Israel. Eles foram convidados para tocar na cerimônia de inauguração de um centro cultural árabe. Porém, por causa da burocracia governamental, falta de sorte e outras situações inesperadas, acabam sendo esquecidos no aeroporto. A banda tenta continuar a viajem por conta própria, mas vai parar numa pequena e quase esquecida cidadezinha israelense, em algum lugar no coração do deserto. A vida daqueles músicos nunca mais será a mesma depois desta parada. Alguns dos componentes desta banda (como o seu líder, por exemplo), trazem consigo marcas de tristeza do passado que vem a tona como numa espécie de reflexão. Infelizmente, estamos habituados com a edição frenética dos filmes de Hollywood que tendem a buscar ação onde o silêncio e a lentidão dos movimentos são muito mais eloquentes. O filme é muito importante para desmistificar os julgamentos que muitas vezes fazemos sobre as pessoas que vivem naquelas paragens. Nem tudo ali é regado a ódio e terrorismo. Há lugar para o olhar furtivo e a fantasia, tendo sempre um contraponto na música e nas relações familiares. Ah! Ali também há muita música, festa, e sexo... (que bom né?).

... E vamos ao cinema!!!!!!!!!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Muita emoção com o filme "O Último Dançarino de Mao"

Em primeiro lugar, gostaria de pedir desculpas pela ausência durante todos estes dias. Como ninguém é de ferro, aproveitei as férias para viajar um pouco pela ilha. É necessário de vez em quando um pouco de descanso, sempre em contato com os livros, é claro. Mas o que eu trago hoje é a dica de um filme que assisti antes da viajem, e que até hoje me emociona. Sensibilidade é a termo que acompanha às duas horas de O último dançarino de Mao. Fundamentado no best seller autobiográfico Adeus China: O último bailarino de Mao, escrito por Li Cunxin, o filme é uma adaptação maravilhosa de uma história real. A película narra a trajetória de Li Cunxim, um chinês de 11 anos que é transferido de seu vilarejo para estudar em Pequim, na escola de dança Madame Mao.
Anos depois, Li consegue entrar para a Companhia Houston Ballet, no Texas. O caminho deste jovem chinês até a companhia é mostrado de forma emocionante, desde os seus primeiros passos errados até a superação de barreiras. Já nos Estados Unidos, Li Cunxin apaixona-se por uma bailarina e toma a decisão de permanecer no país. Porém, a escolha gera um conflito grave entre China e os EUA. Perante da pressão do comunismo chinês, a autorização de ficar nos EUA pode afastar Li de sua família para sempre, pois ele fica proibido de voltar a por os pés na China. O último dançarino de Mao me encantou e deve fazer o mesmo com quem o assistir.
Com uma excelente fotografia e uma direção arrebatadora, quase no ritmo dos ousados passos de balé, O último dançarino de Mao encanta fundindo períodos díspares do tempo de forma bem trabalhada. Christopher Gordon como o coreógrafo americano aparece bem e os três atores que interpretam Li também.
Na esperança de rever sua família uma vez mais Li diz "Quando danço, danço para eles", merecendo ovações por sua dança e interpretação. E o filme pela certíssima adaptação de uma história comovedora e com uma trilha de tirar o fôlego. Vale a pena assistir esta pérola do cinema mundial. aqui em Salvador, eu vi no Cinema do Museu, no Corredor da Vitória.



... E vamos ao cinema!!!

sábado, 7 de janeiro de 2012

07 de Janeiro é o dia do leitor





Ler é viajar. Esta frase é bastante apreciada não deixa de ser verdade, pois foi através da leitura que o indivíduo passou a conhecer lugares onde nunca esteve, pode compreender o passado histórico ou criado e até mesmo, projetar o futuro. Mas ler nem sempre é uma empreitada fácil. No Brasil, cerca de 25 milhões de pessoas em idade possível de leitura (acima de cinco anos) ainda são analfabetos. É importante salientar que ninguém nasce leitor. O aprendizado da leitura é um processo infinito de capacitação que é provocado pelo contato com livros. Pouco a pouco, a prática da leitura nos faz buscar cada vez livros, o que indica nosso crescimento na capacidade de interpretação e de abstração.Ler nunca é uma atividade passiva. Através da leitura, o individuo identifica e cria lugares, personagens e estórias. O poder do livro em nossa história é tanto que diversas vezes, foram proibidos, queimados e censurados, pois iam contra um regime autoritário e totalitário. Assim foi na Inquisição, nas ditaduras militares que assolaram a América do Sul.
Portanto, apesar da capacidade de informação visual da sociedade em que vivemos, não podemos desprezar a competência do livro em nos fazer viajar.
Aprendemos a ler quando criança e ao longo da nossa trajetória em direção ao mundo adulto, muitos foram os equivocados métodos utilizados pelas escolas para fomentar a leitura, porém todos sem êxito. O que se conseguiu muitas vezes foi o ódio à leitura. Parece contradição, mas chegamos à escola ainda crianças, com uma fome de conhecimento gigantesca e somos obrigados a aprender a ler como adultos e quando finalmente somos adultos e já não temos o menos interesse em ler alguma coisa, somos convidados a ler um texto com um olhar infantil.
Essa situação pode parecer surreal, mas se repete em todas as partes desse país que se orgulha de reduzir a cada ano o número de analfabetos, mas exibe vergonhosamente uma estatística absurda de quase 28 % de alfabetizados funcionais. Os professores (culpá-los ou não, eis a questão) mal preparados e mal direcionados, continuam com a sua incumbência de abrir os olhos dos meninos e meninas para o prazer da leitura por meio do ensino da gramática, sem levar em consideração que é preciso primeiramente suscitar a arte do ler por prazer. No artigo do escritor Rubem Alves, o autor faz uma análise sobre o prazer da leitura e em como ele se orgulha de escrever como e para crianças. Ele conta com surpresa, sobre a carta que recebeu de um leitor juvenil, onde o moleque diz que sua professora pede a ele e aos coleguinhas de classe para encontrar no texto “dígrafos”, e outros termos que o autor sequer consegue imaginar o significado. “Não consigo ordenar uma única frase humana com dígrafo”, ele diz e defende que “não é possível teorizar sobre algo que nos dá tanto prazer sob o risco de matar essa vontade”.
Não há dúvida alguma que o estudo da gramática é capital para o entendimento da língua portuguesa, mas o que precisamos fazer como professores é uma ponderação sobre como equilibrar esse ensino com o convite a leitura. Essa á a proposta defendida pela professora e especialista da Unicamp Ingedore Koch, que em entrevista a Luiz Costa Ferreira Junior conta que devemos dar prioridade a construção de texto com reflexão. Para entender como os textos funcionam, segundo a professora, é necessário primeiro o uso, depois a nomenclatura. Ela nos conta que o “estudo da língua portuguesa é eficaz para que as nossas crianças possam aprender a se expressar claramente no mundo (ainda mais numa era de orkuts e MSN), mas é possível abordar a gramática, sem ter um ensino gramaticóide”.Para ensinar a interpretar um texto, “não existem receitas de bolos”, diz a professora, “mas se o professor tornar a aula instigante e estimular a produção de textos com temas que os alunos se identifiquem, conseguirá manter em seus pupilos o gosto de ler por prazer que havia no inicio, sem que o aluno chegue à idade adulta sendo órfão de livro”.

... E vamos ao cinema!

domingo, 1 de janeiro de 2012

Cinco Dias Sem Nora





Aproveitei a tranquilidade do dia para fazer o que mais gosto que é assistir a bons filmes. Resolvi prestigiar um canal a cabo especializado em filmes cult. Tive a felicidade de assistir este maravilhoso filme mexicano chamado "Cinco Dias sem Nora". Um filme sensível, terno e muito humano, que sonda o âmago da alma do homem. A história se passa no seio de uma comunidade judia no México, e o protagonista é o ancião José.
José, um judeu ateu, descobre que sua ex-esposa, Nora, com quem foi casado por 30 anos, se suicidou, e vai em busca do rabino para tratar do funeral. Este lhe recomenda que, caso não queira enterrá-la logo, só poderá fazê-lo em cinco dias devido às festividades da Páscoa Judaica. José decide então aguardar, para que seu filho que está em viajem de férias, possa retornar a tempo. Ao longo dos cinco dias de convívio com o corpo imóvel de Nora, José se entrega a memórias de sua vida com a mulher, os anos felizes bem como os momentos de turbulência passam pela sua mente, e aos poucos ele vai encontrando pistas de que ela idealizou meticulosamente um plano para que ele estivesse ali, junto com todos aqueles que foram importantes em sua vida, cuidando do seu funeral.
O filme possui um ótimo roteiro e extraordinárias interpretações (principalmente do personagem José). Consegue despertar o interesse do cinéfilo pela vida das pessoas, que podem ser em muitos aspectos parecidos a nós. Em muitos momentos pude perceber como a burocracia das tradições religiosas faz do homem um ser mais legalista e menos humano. Vale apena conferir.

E vamos ao cinema!!!!!!!!!!