domingo, 31 de julho de 2011

TEMPOS INTERESSANTES: UMA VIDA NO SÉCULO XX



Alô pessoal, tudo bem? É muito bom voltar a contactar com vocês através deste espaço. Depois de uma longa pausa para férias estamos de volta para trazer as novidades, e para começar trago esta maravilha de livro que li nos últimos dias. É simplismente um retrato de um homem que durante toda a sua vida se dedicou ao ensino de história. A autobiografia de Eric Hobsbawm coincide com a história do século XX. Em Tempos interessantes, o historiador analisa sua trajetória pessoal, sem perder de vista a perspectiva histórica de seu tempo. Nascido em 1917, procura respostas para compreender o presente, ao mesmo tempo em que relembra sua vida. Tempos interessantes analisa as crises financeiras e políticas dos anos 20, acompanha a ascensão de Hitler, descreve os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, chega à Guerra Fria e revê o fim do império soviético e dos "absolutismos" ideológicos. A esse panorama, Hobsbawm contrapõe suas experiências pessoais, como a decisão de permanecer filiado ao Partido Comunista britânico. Suas reflexões rompem os limites do século breve e se estendem até o início do século XXI, que, de acordo com sua visão, começa sob o signo do autoritarismo e da obscuridade. Merecem destaque as análises sobre a situação política e social da América Latina, sobre o papel dos Estados Unidos como superpotência hegemônica, além de duas menções ao Brasil: uma conferência feita pelo historiador na Universidade de Campinas, em 1975, durante o regime militar, e a referência ao Partido dos Trabalhadores (PT) como um exemplo político capaz de assegurar conseqüências e desdobramentos permanentes. Eric Hobsbawm é um dos principais historiadores do século XX. Um "século breve" - segundo a sua definição em Era dos extremos -, que vai da eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, até o esfacelamento da União Soviética em 1991. ''

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Tô voltando!!!

Olá pessoal, tudo bem? Espero que os leitores deste humilde bloguinho estejam todos muito bem. Sei que estou em dívida com vocês, afinal já se passaram três semanas da última postagem e nós ficamos sem contato. Aproveitei as férias para vijar um pouco, e justamente no primeiro dia de viajem o meu computador quebrou, e só ontem pude ajeitar tudo. Agora não tem desculpa; a partir de amanhã já estaremos a todo vapor, com muitas novidades sobre cinema literatura e música. Espero por vocês. Até!!

sábado, 9 de julho de 2011

Entrevista- Um filme diferente



Aproveito esse momento para me despedir de vocês temporariamente. Como já falei em postagens anteriores, estou em gozo de férias, tanto do trabalho, como da faculdade por isso estou aproveitando para esticar um pouco os finais de semana. Farei uma viagem pelo recôncavo baiano, passando por cidades importantes como Santo Amaro da Purificação, Cachoeira, Muritiba Cruz das Almas e alguns vilarejos bastante bucólicos. Mas antes de ir deixo uma dica de um filme fantástico de um dos maiores diretores de todos os tempos; Federico Fellini. Poucos cineastas conseguiram marcar tão claramente seu estilo como Federico Fellini. A quimera, os personagens muitas vezes com ar exagerado, presente em suas obras identificam este homem de cinema italiano. Dois aspectos marcantes na carreira de Fellini sempre foram seu estilo e a coragem ao diferenciar-se frente aos outros diretores - tendência que ele demonstrava desde infância, quando fugiu da escola para passar dias em um circo. Com obras sempre direcionadas a uma grande reflexão, o diretor escolhia temas variados para suas obras. A seleção do elenco nunca era algo comercial. Fellini jamais foi fã de usar as celebridades do momento em seus filmes e muitas vezes repetia os mesmos atores, como Marcelo Mastroiani e Guilietta Masina, com quem foi casado durante 50 anos. Em "Entrevista", Fellini faz uma irreverente e nostálgica viagem através dos muitos personagens criados por ele ao longo de sua trajetória profissional. Ao mesmo tempo, o filme é uma viagem gostosa e saudosa que marca a preocupação (chegando muitas vezes a beirar a aflição), pelo futuro do cinema diante da concorrência desleal e impiedosa da televisão. Espero que gostem desta indicação. Um Grande abraço a todos e até quinta-feira.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Adeus Meninos





Creio já ter ultrapassado há muito tempo a modesta marca dos marca dos 1000 filmes (digo modesta porque conheço muita gente que está bem mais avançada do que eu, chegando até os 5000). Muitos me emocionaram pela ternura, pela alegria por causar em mim um sentimento estranho de nostalgia de alguma coisa que eu não sei, mas poucos me causaram, além de todos os outros sentimentos; tristeza e angústia como Adeus Meninos. Se o diretor Malle quis trazer à tona todas estas sensações juntas naqueles que asistiram esta película, devo dizer que pelo menos em mim ele conseguiu. A história se passa na França, no inverno de 1944. Julien Quentin é um moleque de 12 anos que estuda no colégio Sr.Jean-de-la-Croix, em meio às amplas dificuldades devido às dificuldades geradas por conta da 2ª Guerra Mundial. Lá ele se torna o melhor amigo de Jean Bonnett, um acanhado companheiro de classe que Julien depois descobre ser judeu. O drama toca os meninos quando a Gestapo invade o colégio, à caça de judeus ou adeptos. Para Louis Malle, esta história, com toques autobiográficos, "talvez tenha decidido minha aptidão de cineasta. É minha fidelidade, minha referência. Deveria ter sido o assunto de meu primeiro filme, mas eu hesitava, esperava.” “Adeus, Meninos” é uma película memorável, que leva a platéia a questionar-se sobre as noções filosóficas de humanidade, de dever moral e de solidariedade. É um filme sobre as diferenças, amizade, coragem e covardia que às vezes abate o coração humano. Louis Malle denuncia o anti-semitismo, mas também traceja as dificuldades da vida quando da ocupação francesa pelos nazistas: toque de recolher, mercado negro, fome, pobreza, aflições pessoais e, principalmente, a conservação de princípios éticos quando o que está em jogo é a sua própria vida. Uma visão cinematográfica diferente, intimista, das moléstias impostas pelo regime nazista na Europa, abordando as implicações abundantes dos que sobreviveram a esses tempos complexos.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A pedra desnuda



Vim dizer-te adeus, pedra desnuda.

Ficas sozinha no meio da noite.

Tantas vezes encostei minha cabeça

e tive o sonho de Jacó. Agora,

ao continuar a viagem, eu levo

apenas a marca rubra de tua ruga

na face. Estou agradecido.

As suaves almofadas me deram

apenas plácidos sonhos, enervantes

apreciações da vida. Fazia

falta em minha vontade, a tua ácida dureza.

Talvez fosses a mesma que Jacó

teve em seu sonho bíblico, e em tua entranha,

como um raro metal, dorme o augúrio.

Ficas sozinha no meio da noite...

Venho dizer-te adeus, pedra desnuda...


Agustín Acosta

Havana, A Nova Arte de Construir Ruínas









Ontem tive o prazer de voltar a frequentar um maravilhoso espaço onde se pode assistir filmes de boa qualidade. Este lugar é a sala Wlater da Silveira, uma espécie de Cinemateca baiana (longe de querer compará-la ao grande palácio francês; é só para se ter um parâmetro). A sala faz parte do complexo da Biblioteca Pública do estado da Bahia, apresenta sempre às 18 ou 19h filmes fantásticos por um excelente preço (às vezes sai de graça como aconteceu ontem ou então você leva um kilo de alimento não perecível. Quando o valor é em dinheiro não passa de R$3,00). A película que assisti chama-se "Havana, A Nova Arte de Constrir Ruínas", é um documentário produzido por dois alemães sobre os casarões de Havna. Existiu um período na história em que a cidade de Havana tinha a alcunha de "Pérola do Caribe". Porém, hoje a capital cubana é caracterizada pelas ruínas e edifícios ameaçadas de desabamento – para os turistas, um mundo de pura nostalgia, para os habitantes as edificações constituem um perigo de morte cotidiano. O documentário capta o ambiente da cidade inteira em ruínas, retratando cinco pessoas bem diferentes que tentam se arrumar com esse ambiente insalubre e desmantelado, na verdadeira acepção da palavra. Um escritor Chamado Antonio Ponte, que devido ao regime foi proibido de publicar suas obras em Cuba, e té mesmo de sair da ilha; um casal de velhos latifundiários, cuja fazenda fora confiscada pela Revolução; o vigia e único habitante-espectador de um teatro abandonado; o encarregado da manutenção de um edifício do início do séc. XX e sua ex-esposa; como também uma jovem, ex-mulher de um multimilionário que a cada noite adormece atormentada pela fantasia de que venha abaixo o velho casarão onde vive, são os personagens que narram suas vidas e falam de seus sonhos ou conflitos gerados pelo entorno em que vivem - as ruínas da cidade de Havana. O filme, estreado em 2006, foi agraciado com o Bayerischer Filmpreis (melhor documentário, governo da Baviera, na Alemanha), e em 2008 ganhou com louvor o prêmio de melhor documentário internacional no III Festival Internacional de Cine Documental de la Ciudad de México. Em 2006, o filme protagonizaria um episódio que muita gente associou à censura do governo cubano, no Festival de La Habana, mas alguns meses depois foi reprovado pelo Festival de Miami.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sede de Paixões




Depois de um final de semana ausente, estou de volta para mais um comentário sobre cinema. Nada como alguns dias na praia para a mente ficar leve como uma pluma; e hoje temos mais novidades do mestre sueco Ingmer Bergman. A dica de hoje é o longa "Sede de Paixões"; sétimo trabalho desse magistral diretor. O filme conta a história de um jovem casal em crise no relacionamento, que viaja de trem por uma Europa devastada pela guerra. Durante o percurso da viagem, Rut e Bertil se lembram de relacionamentos amorosos e conflitos do passado. Nesse processo de rememoração, sentimentos como culpa e medo vêm à tona. Foi justamente com Sede de Paixões que Bergman começa a se firmar como "o cineasta da alma", realizando uma profunda sondagem psicológica de suas personagens. Um drama fascinante que merece ser descoberto. Ainda nesta semana trarei mais filmes deste gênio do cinema chamado Ingmar Bergman.

sábado, 2 de julho de 2011

A Travessia de Paris



Sei que muita gente não gosta quando uma comédia retrata temas tão cruéis para a humanidade como o holocausto ou a ditadura militar. Acham falta de respeito para com aqueles que sofreram ou morreram, mas a função do cinema não é desrespeitar a memória ou a história dos povos, e sim levar uma mensagem de esperança e superação. É assim que o diretor francês Claude Autant-Lara tenta retratar a história da invasão alemã em Paris no filme “A Travessia de Paris”, película produzida em 1956. Um pintor e um pobretão têm de atravessar uma Paris ocupada pelos nazistas a fim de entregarem carne do mercado negro. Passam por vários personagens e aventuras até serem presos por soldados da ocupação. A Travessia de Paris é estrelado por dois dos grandes atores do cinema francês de todos os tempos. O inesquecível Jean Gabin e o rei da comédia francesa Louis de Funés. É um filme que vale apena conferir.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Onde estará o meu amor...

Essa é para mim que estou sozinho há quase 48 horas com uma baita saudade da minha rainha. Onde está você?