quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Fidel – O Tirano Mais Amado do Mundo. Ótima leitura... Só aguente as consequencias.



Tenho lido ótimos livros ultimamente, mas já fazia um tempinho que não lia algo tão sedutor a ponto de me fazer devorar mais de 350 páginas em poucos dias (terminei ontem a noite). Trata-se do polêmico livro do cientista político Humberto Fontova, Fidel; O Tirano Mais Amado do Mundo. Várias vezes enaltecido e homenageado por celebridades e autoridades nos últimos 60 anos, Fidel Castro tem seu lado mais sombrio desnudado por Fontova. Declarações emocionantes e uma ampla pesquisa histórica revelam os delitos e as mentiras do ditador mais duradouro da América Latina.
Usando uma linguagem irônica e contundente, chegando muitas vezes ao limite do que podemos classificar como desabafo, o autor dá voz àqueles que foram calados por pelotões de fuzilamento, batalhas sangrentas e prisões desumanas durante a ditadura comunista de Fidel em Cuba.
Fontova também mira a bazuca para aqueles que não se cansam de enaltecer o ex-ditador – jornais e redes de TV, cineastas, agências de inteligência e políticos norte-americanos. Bill Clinton, John F. Kennedy e Che Guevara não passam impunes à crítica corrosiva do autor. O livro é essencial para quem quer conhecer um pouco da história cubana oculta pela propaganda e pela ideologia.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Livro Morte em Veneza


Minha indicação literária para hoje é Morte em Veneza, de Thomas Mann. O livro é primoroso, e deu origem ao filme homônimo, que é dos melhores que já vi.
Na verdade eu me interessei pelo livro depois de ver o longa-metragem num canal a cabo especializado em filmes clássicos. Sempre fico curioso para avaliar se a ajustamento de uma obra literária para o cinema foi fiel e bem feita, ou até melhor. E, no caso de Morte em Veneza, foi muito caprichado. O livro é admirável. Porém, é necessário dizer que o livro precisa ser lido com atenção, saborear palavra por palavra. É espantosa a competência de síntese de Thomas Mann. São passagens com um significado muito forte, recomento com de forma arrebatadora.
 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Bodas de Sangue é Cinema com “C” maiúsculo, é a arte cinematográfica em sua maior expressão.


 
Uma das coisas que mais gosto de fazer nos fins de semana é ver filmes. Aproveitando a solidão da noite (é que “eles” estavam trabalhando), assisti a um maravilhoso filme em um canal a cabo especializado em filmes Cult intitulado Bodas de Sangue. Película baseada numa peça escrita por Federico Garcia Lorca, Bodas de Sangue é uma maravilhosa homenagem do diretor espanhol Carlos Saura a uma de suas maiores paixões; a dança. Este é o primeiro filme de sua famosa e bem-sucedida trilogia, que conta ainda com Carmen e Amor Bruxo. Bodas de Sangue narra a história de dois jovens apaixonados que são impedidos pelas suas famílias de ficarem juntos. O reencontro acontece justamente no dia do casamento da jovem com outro homem. Um cruel destino selará este triângulo amoroso, retratado com a magia de uma das maiores expressões de arte da ibérica: a dança flamenca. Simplesmente fantástico!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Filme "Como Era Verde o Meu Vale". Maravilhoso!!!


Revi hoje o maravilhoso filme Como Era Verde o Meu Vale, de 1941. É conhecido como o longa-metragem que tirou o Oscar de melhor filme de "Cidadão Kane", considerado por muitos a melhor película já produzida. A história é narrada pelo protagonista Huw Morgan, um homem de 60 anos, velho operário das minas de carvão do País de Gales, que relembra sua meninice e juventude na pequena cidade mineradora onde a mineração de carvão era a única atividade econômica e responsável por todos os empregos e renda da região. Ele fala da desintegração familiar gerada pelos conflitos trazidos pelo confronto entre as teorias sociológicas e econômicas que lutavam pelo controle da mentalidade do país nessa época (socialismo e capitalismo), a deterioração do meio ambiente pela atividade predadora da companhia de mineração e as aflições familiares causadas pelos sonhos desfeitos, a falta de opções, as guerras, os amores desfeitos e os sonhos abortados de uma sociedade cuja única felicidade era viver num bucólico vale onde a natureza era generosa e as tradições familiares a coisas mais importante a ser preservada.

 

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Definitivamente, Cuba entra na minha lista de grandes países do cinema. La Edad de la Peseta...



Assisti a pouco o excelente filme cubano "Na Edad de la Peseta". Película que só veio comprovar a extrema qualidade do cinema cubeno e colocá-lo em lugar de destaque, para mim, entre os melhores países produtores do bom cinema no mundo. A história se passa na Havana, no ano de 1958 quando a jovem Alicia e seu filho Samuel, de 10 anos, voltam a morar mais uma vez na casa de Violeta, avó materna do menino, após o último fracasso amoroso da jovem e insegura mãe e se deparam com a rejeição da intragável senhora de manias excêntricas e muito pouco desejo de compartilhar sua resguardada privacidade. O mundo contraditório de duas gerações distantes, confrontadas dentro do abrupto e inquietante universo da adolescência. O garoto viverá experiencias que marcarão a sua vida para sempre. Muito bom!

Retratos do domingo - Estivadores em frente ao antigo Mercado Modelo no bairro do Comércio na Salvador dos anos 40.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Minha Alma (A paz que eu não quero) – O Rappa


“As grades do condomínio são pra trazer proteção, mas também trazem a dúvida se é você que está nessa prisão”.

 Ontem à noite, quando estava queimando as gordurinhas localizadas na academia, pela primeira vez pude ouvir com mais atenção, entre a esteira e a bicicleta ergométrica, a canção Minha Alma (A paz que eu não quero).  Com letra forte, e visão social, a música conta como a sociedade é facilmente iludida por coisas que ainda nem aconteceram. Marcelo Yuka faz um apelo na canção: “não me deixe sentar na poltrona num dia de domingo!”. Esse verso da letra mostra que ele quer ser diferente de todo mundo.  Para ele, a sociedade está errada e ele não quer viver dessa maneira. Nos versos “As grades do condomínio são pra trazer proteção, mas também trazem a dúvida se é você que está nessa prisão” Yuka traz à tona uma nova visão, a visão de que o medo faz a sociedade se render à violencia e, dessa forma, a sociedade acaba vivendo de uma maneira pior do que poderia viver.
Minha Alma é uma obra de arte, um pequeno resumo sobre a influência do medo na vida das pessoas.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O Sol Também se Levanta... Mais uma grande obra de Hemingway.


Ontem terminei de ler o belíssimo livro O Sol Também se Levanta. Esta obra de Hemingway retrata a chamada Geração Perdida, os "balzaquianos" dos anos 20, que viviam em um mundo ainda assolado pela Primeira Guerra Mundial. Uma pequena associação formada por americanos e ingleses que se abrigavam por vontade própria em Paris, procurando dar algum rumo à suas vidas sem sentido e marcadas pela Guerra. Nos anos 20, Paris fervia, e era conhecida por sua boemia esfuziante e seu meio intelectual ativo e prolífico. Nesta época, em Paris, poderíamos encontrar pessoas como Picasso, Miró, o próprio Ernest Hemingway, entre outros. É neste meio, que se movimentam os vários personagens deste romance, como Jack Barnes (o narrador), a frívola Lady Ashley, o toureiro Pedro Romero... Contudo, se a maioria considera a vida em Paris atraente, alguns a achavam frívola e procuraram amparar-se em um mundo mais tradicional (Espanha).
Há quem diga que Hemingway era um autor mais apreciado pelos homens do que pelas mulheres, devido ao seu estilo (texto enxuto e direto). Só posso dizer que fiquei fã deste autor, quando li O velho e o mar. Todos nós, em algum momento da vida, pescamos um peixe maior que o nosso barco... E é preciso ter fé... Sabe, na verdade, os grandes livros devem ser lidos em diversas fases de nossas vidas, pois a interpretação (que está ligada à maturidade) sempre muda... Ernest Hemingway é o escritor que tem lugar cativo em minha estante, e, sem dúvida, O Sol Também se Levanta é um livro que merece ser lido.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Filme: "O 7º Dia"


Revi agora a pouco o filme espanhol "O 7º Dia", do diretor Carlos Saura. A película, baseada em fatos reais (infelizmente), narra a história que abalou a Espanha no início dos anos de 1990, quando dois homens chegaram ao vilarejo de Puerto Hurraco, armados com espingardas. A aldeia, escondida numa região longínqua no sudoeste da Espanha, abrigou durante muito tempo duas famílias: os Fuentes e os Jímenez. Um romance mal sucedido entre o filho e a filha das duas famílias e que terminou na semana do casamento dos jovens, desencadeou uma contenda amarga que  se estendeu por mais de trinta anos, onde todo o vilarejo, infelizmente, pagou por esta vingança com seu próprio sangue. Um dos filmes mais emocionantes  que eu já assisti. Recomendo.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Liv Ullmann e suas Mutações


“Eu desejava acomodar-me dentro do bolso de alguém e poder pular para dentro e para fora, quando me conviesse. Agora ando por aí ouvindo as queixas de mulheres que, segundo imagino, estão presas nos bolsos de outros”.
Liv Ullmann.


Esse é um dos vários trechos do sincero livro de Liv Ullmann, Mutações. Em 218 páginas, Liv descreve com sensibilidade e inspiração fatos importantes do seu cotidiano, conduzindo o leitor rumo aos bastidores do mundo glamourizado do cinema do qual faz parte há muitos anos. Liv é reconhecida por ter sido companheira e musa do renomado diretor Ingmar Bergman. No entanto, cabe destacar que seu talento ultrapassa a mera alcunha de "musa norueguesa". Também nada tem a ver com "diva", "sex symbol".
Não; Liv nada tem de musa; não lembra o encanto natural e quase infantil de Audrey Hepburn, tampouco possui o sex appeal de Greta Garbo. Liv é uma mulher a qual podemos classificar como "normal": hesitante, solitária, afetuosa, carente. Poderíamos aqui estar falando, de acordo com essa descrição, de qualquer mulher contemporânea, poderia até estar falando de alguém que de repente esteja lendo essas despretensiosas linhas. Ao contrário do que possa parecer para muitos, não é intenção desta grande atriz fazer de Mutações uma mera autobiografia, também não me parece que o livro penda para o que poderíamos chamar de "expiação de culpa" ou mesmo que possa ser classificado como um best-seller. Sem dúvidas haverá os interessados, fãs do cinema sueco de Bergman (e eu sou um deles), admiradores da atriz e diretora, mas , não creio que estes leitores sejam tantos a ponto de fazer o livro tornar-se o que o Brasil convencionou chamar de best seller, nos moldes de um Paulo Coelho.
O livro é simples e belo em sua singeleza. Não existe nele nada do que não possamos saber com o passar dos anos dessa vida que vamos vivendo, assim, um dia após o outro. Também não se fala de viagens interplanetárias, nem lições de vida de pessoas bem sucedidas profissionalmente. Não; o livro também não narra a história romanceada de ninguém, conta apenas a história de vida de Liv, a mulher, por trás da máscara da atriz, à qual a mesma tanto se refere. Por isso, o leitor é convidado a invadir os bastidores de Hollywood e entender que o luxo e o glamour escondem coisas das quais duvidam nossa vã filosofia, vai também conhecer o universo dos romances de Liv, especialmente o romance com Bergman, do qual Linn é fruto, compreender o jogo de egos e a relação conturbada que vivia ela, a atriz submetida ao diretor, mas, primeiro de tudo, ela, mulher, ele, homem. E isso já dá muito pano pra manga ou página de livro. Digo a vocês, nem precisava estar aqui falando de Liv Ullmann e Ingmar Bergman.
Ao ler Mutações, deparei-me com o universo da construção dos personagens, com o mundo que se apresenta a Liv e que se faz presente no seu modo de interpretar, dizer verdades mentindo. Em Mutações o leitor encontrará tudo isso, talvez possa se identificar em diversos momentos, talvez venha até a enternecer-se e a sentir uma espécie de empatia por Liv que conseguiu escrever um livro com a alma. Ah, e por acaso ela também era atriz. E que atriz.
 

Retratos do Domingo – O inesquecível “Cria Cuervos”...


As atrizes Ana Torrent e Geraldine Chaplin no filme Cria Cuervos, 1976.

 
Esta é uma das fotos mais emblemáticas do longa-metragem Cria Cuervos (1976) dirigido pelo espanhol Carlos Saura (o mesmo diretor de Mamãe Faz Cem Anos e Tango). Poucas vezes o universo infantil foi tão bem retratado no cinema. Na película, Ana (Geraldine Chaplin, filha de Charles Chaplin), recorda a infância de uma menina que aos noves anos lida com a perda quando ela vê seus pais falecerem em um curto espaço de tempo. O filme foi vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes e Indicado ao Globo de Ouro e ao Cesar de Melhor Filme Estrangeiro.
 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

NOS BAILES DA VIDA


“Todo artista tem de ir aonde o povo está”

Hoje a tarde, enquanto cuidava da minha “filha Júnia”, ouvia o genial Milton nascimento. Todas as músicas do Milton me encantam, e inclusive já comentei algumas aqui no blog. Hoje, depois de mais uma audição, resolvi escrever um pouco sobre a linda canção que talvez seja o hino oficial daqueles que andam “com a roupa encharcada e a alma repleta de chão”... No HQ “Histórias do Clube da esquina”, de laudo Ferreira e Omar Viñole, os autores referem que mesmo não sendo a principal música do disco Caçador de mim, Nos bailes da vida teve grande repercussão, talvez até igual à música que dava título ao álbum.
A canção é um intenso relato sobre a vida difícil dos artistas da música, principalmente no início de carreira. A letra emociona; principalmente o trecho que diz que para um cantor nada é ruim, não tem lugar onde ele não vá e até mais do que isso – “todo artista tem de ir aonde o povo está”. Através desta pérola, a obra de Milton Nascimento e Fernando Brant mostra como o artista é incapaz de fazer algo diferente do que lhe é pedido. Somente cantando e vivendo ou vivendo para cantar é que ele atinge o sucesso esperado.
A música transformou-se em uma verdadeira oração para os jovens que hoje aspiram viver da arte de cantar e emocionar outros corações.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A MÚSICA FRANCESA DURANTE A OCUPAÇÃO NAZISTA


Ah, os franceses! É fácil ver por aí as pessoas dizendo que a França é o país da arte, do charme e da boemia, com razão. Tal fama não se perdeu nem quando os nazistas ocuparam a Paris da Belle Époque entre 1940 e 1944, originando grandes clássicos musicais e cantores que eternizaram o drama francês.
A França já foi o país mais efervescente do mundo e isso todo mundo sabe. Muito da atual fama que rodeia a nação francesa se deve ao seu passado cheio de cabarés, de produções artísticas que mudaram o cenário mundial, da belle époque que perdeu um pouco a graça depois da Primeira Guerra Mundial (3,5% da população, na maioria homens em idade produtiva, morreram nas trincheiras), mas que voltou com tudo na década de 20 como em "Paris é uma Festa", de Hemingway e de vários outros motivos - isso contando apenas a virada do século XIX até o começo do XX. Aqui eu vou tratar de um período específico: de 1940 até 1944, ou mais precisamente, durante a ocupação nazista. E tentarei me focar apenas (difícil) no que surgiu na música francesa.

Mas enfim, eu vim aqui falar de música...

Os cabarés abrigavam grandes cantores. Para a tristeza de alguns, Josephine Baker -- uma das maiores estrelas do cabaré francês nessa época - parou sua carreira na França para se apresentar em outros países. Ruim por um lado, bom para o outro porque outra artista famosa, Mistinguett, apareceu para divertir os alemães. Saindo dos cabarés e indo pra outro palco, apareceu Charles Trenet, o le fou chantant. O cantor era do tipo "gente boa", autor de clássicos como "La Mer" e costumava agradar bastante o público.
Cantava com nostalgia sobre o passado feliz em "Que reste-t-il de nos amours?", mas isso não o livrou de ser perseguido. Os nazistas diziam que ele era judeu porque, segundo eles, Trenet era um anagrama de "Netter", sobrenome típico. Não, ele não era judeu, mas era homossexual e sentiu-se obrigado a viajar para a Alemanha com a finalidade de cantar aos prisioneiros de guerra franceses.
Da mesma forma que ele, Edith Piaf também teve que ir até a Alemanha com o mesmo propósito (um bom motivo convenhamos). Antes disso, a cantora se apresentou em quase todas as casas de shows de Paris! Os alemães a assistiam e a recriminavam. Uma das canções que sofreram isso foi "Mon légionnaire" e isso não a atemorizava. Dedicava músicas aos prisioneiros e chegou até a esconder três amigos judeus!
Outro que passou a adolescência vivenciando a ocupação nazista não na França, mas na Bélgica, foi Jacques Brel. Racionamentos, deportações e censuras fizeram do jovem Brel um insurgente que anos depois se tornaria um exemplo de sentimentalismo acentuado através de canções, com interpretações emocionantes.
Foi neste amplo e vívido painel que se descortinou percebe-se que “A festa continuou”. Cabarés, teatros cinemas, casas de shows sempre lotados, bem como os salões da elite e o campo das artes.

 REFERENCIA

RIDING, Alan. Paris a Festa continuou. Companhia das Letras 2010, São Paulo.
CARACALLA, Jean-Paul. Os Exilados de Montparnasse. Record, 2009, Rio de Janeiro.

Wiser, William. Os Anos Loucos Paris na Década de 20. José Olímpio, 1991, Rio de Janeiro.

HEMINGWAY, Ernest. Paris é Uma Festa. Bertrand Brasil, 8ª ed. 2006, Rio de Janeiro.

 


Filme Lincoln. Maravilhoso!


Ontem assisti ao lado do meu amigo Rivaldo o filme "Lincoln", que é baseado no livro "Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln", de Doris Kearns Goodwin. A história se passa durante a Guerra Civil norte-americana, que acabou com a vitória do Norte. Ao mesmo tempo em que se preocupava com o conflito, o presidente Abraham Lincoln (Daniel Day-Lewis), travava um combate ainda mais difícil em Washington. Ao lado de seus companheiros de partido, ele tentava aprovar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos que abolia a escravidão. Recomendo.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Condinome Beija-flor


“Pra que usar de tanta educação pra destilar terceiras intenções?”.

Julgar o repertório de Cazuza para tentar descobrir qual canção é melhor não é uma tarefa fácil. Codinome beija-flor aparece aqui devido a sua importância para a música e a carreira de Cazuza na época. A canção foi lançada no primeiro álbum solo do compositor, um álbum muito esperado não só pela conturbada saída dele do Barão Vermelho, mas também porque foi nessa época que ele foi internado pela primeira vez em um hospital com suspeita de AIDS. Segundo os médicos, era apenas uma pneumonia, mas Cazuza sabia que algo mais grave estava por vir.
Diante da doença, do hospital e do sentimento, o playboyzinho rebelde resolve fazer uma canção que falava apenas de amor. Deitado em uma cama de hospital, Cazuza vê um beija-flor na janela e não tem duvida de que é hora de escrever uma música. Assim nasceu a obra-primaA canção foi um sucesso e é até hoje. Dificilmente alguém se lembra de Cazuza e não cita a música como uma de suas melhores. Outros artistas também reconhecem isso, tanto que Codinome beija-flor já recebeu várias interpretações.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Filme "Tarde Demais Para Esquecer". Emocionante!


Acabei de assistir este belo filme produzido em 1957, intitulado “Tarde demais para esquecer”. Uma intensa e bem-humorada história de amor, indicada para quatro prêmios. O longa-metragem é protagonizado por Cary Grant e Deborah Kerr, que fazem par romântico nesta história. Ambos se conhecem em um transatlântico e apaixonam-se loucamente. Embora os dois estejam comprometidos com outra pessoa, eles concordam em resolver os problemas com os seus parceiros e para logo se encontrarem seis meses depois no Empire State Building, caso continuem sentindo o mesmo um pelo outro. Mas um cruel acidente impede o encontro e o futuro do casal toma um rumo emocionante e incerto.
Confesso Ser apaixonado por Clássicos e agradeço por que eles não foram deixados esquecidos nos porões ou apagados pelo tempo. Cary Grant e Deborah Kerr mostram em "Tarde demais para esquecer” que uma história de amor pode nascer de um olhar, de pequenos gestos, sensibilidade, sinceridade e uma pitada de humor. Cenas e contexto belos, e uma trilha sonora belíssima que merece até uma resenha a parte. Uma história de amor pra lembrar sempre. Assistam ao filme e do que estou falando.

Milho aos pombos . Nada contra os pombos, mas...


Milho aos pombos, do grande cantor e compositor mineiro Zé Geraldo, é uma forte canção que fala da forma como as coisas acontecem e nós não fazemos nada para impedir. Enquanto ocorrem guerras, batalhas, fome, o ser humano não se preocupa com tudo isso, apenas olha para o próprio umbigo, assistindo a tudo sem fazer nada para prevenir ou impedir.
Todo mundo reclama do preço do arroz, do feijão, do aluguel, mas ninguém procura saber por que isso está acontecendo, muito menos tenta conter os acontecimentos.
Zé Geraldo é da linha de compositores que utiliza a música popular, simples, muitas vezes acompanhada apenas de um violão e de uma gaita, para falar sobre o cotidiano, a vida e o amor. Milho aos pombos é uma crítica direta às pessoas que reclamam do que acontece, mas não fazem nada para que ocorra uma mudança.