sábado, 30 de abril de 2011

A Religiosa. Discussão entre a religião e o cinema na França



















Pensem num filme que causou um enorme alvoroço quando foi lançado. Multiplique as polêmicas ao quadrado, e vocês terão uma ligeira noção do que foi que esse trabalho cinematográfico causou em 1966, ano de seu lançamento. O cineasta francês Rivette queria adaptar o romance de Denis Diderot (1713-1784), A Religiosa. A comunidade católica francesa se pôs em polvorosa mesmo antes que qualquer imagem tivesse sido filmada. Desde a apresentação do roteiro à “comissão de controle” em 1962, o filme já estava ameaçado de interdição total, o início das filmagens tendo sido autorizado apenas em 1964 sob “advertência”. O anúncio dessa decisão só faria aumentar as pressões de origem religiosa sobre Alain Peyrefitte, então Ministro da Informação, que cedeu. Em sua maioria, a imprensa foi contra a interdição de A Religiosa. Os religiosos diziam que a obra possuía um tom blasfematório que os desonrava. Yvon Bourges, o ministro seguinte, acaba interditando o filme em 1966. Seria preciso esperar até julho de 1967 para que A Religiosa passasse novamente pelas mãos da comissão e pudesse chegar finalmente aos cinemas. O mais curioso, é que todo esse barulho aconteceu em função de um filme cuja fonte é um livro existente na França desde 1796 (tendo sido publicada em partes a partir de 1760)! As duas irmãs de Suzanne Simonin foram ricamente dotadas. Seu pai já não pode dar ao luxo de fazer o mesmo por ela, que, aliás, não é sua filha. A solução, no século XVIII, era simples: colocar a criança mal amada num convento. Susan se recusa a pronunciar seus votos, mas ninguém a ouve e ela, contra sua vontade, termina sendo convencida por Madame Moni a aceitar seu destino e pronunciar seus votos no Convento de Longchamps.Mas, depois da morte da Superiora, Madre Sainte-Christine impõe uma disciplina de ferro. Ela tranca Suzanne em sua cela para tentar impedir sua tentativa de renunciar a seus votos, e diz que a jovem se acha possuída por um demônio. Inocentada, Suzanne é transferida para o Convento de Arpajon, onde há uma total liberdade introduzida pela Superiora, Madame de Chelles. Esta se torna muito interessada em Suzanne que, para escapar de seus avanços, foge com a ajuda de Dom Morel.Depois de correr e caminhar bastante, ela é encontrada, por fazendeiros, deitada à beira de uma pequena e estreita estrada de terra, sendo por eles recolhida. Mais tarde, ao caminhar pela mesma estrada, é descoberta pelos seus antigos perseguidores, o que a obriga a, mais uma vez, correr desesperadamente para não ser por eles apanhada, indo ter a uma lavanderia, onde é aceita para passar a ferro.Não se sentindo bem acolhida e, pelos comentários maldosos que ouve sobre uma freira que teria fugido do Convento de Arpajon, Suzenne deixa a lavanderia e passa a pedir esmola na rua. É nesse ponto que ela é recolhida por uma mulher elegante que fica impressionada com sua beleza. À noite, na casa para a qual é levada, cinco mulheres muito bem vestidas e maquiadas, cuidam para que ela fique igualmente irretocável para o evento que se seguirá.Assim, quando todas estão prontas, elas se dirigem a uma enorme e elegante sala de jantar, onde as esperam um igual número de homens, talvez da nobreza local. Todos se sentam à mesa e começam a fazer seus pares, os quais passam a se agarrar e a se beijar. Diante de tal situação, Suzanne consegue se levantar e, pedindo perdão a Deus, joga-se do alto de uma janela, morrendo.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A Morada dos artistas


















Pensem em uma cidade onde os moradores são todos artistas. Essa cidade existe e se chama Carmel-by-the-Sea. Está situada no estado da California EUA, 150km ao sul de São Francisco. É uma cidade que etrai muitos turistas. Carmel possui muitas galerias de arte e muitos estabelecimentos hoteleiros. Da praia de Carmel, pode-se avistar à direita o célebre golfo de Pebble Beach. A cidade é pequena (4.080 habitantes), porém já teve como prefeito um dos grandes profissionais do cinema mundial que é Clint Eastwood. Vejam que lugar maravilhoso através destas fotos. Até.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Calma...





domingo, 24 de abril de 2011

A FOTO DO DOMINGO



sábado, 23 de abril de 2011

Hoje é o dia mundial do livro



O Dia Internacional do Livro teve a sua origem na Catalunha.A data começou a ser celebrada em 7 de outubro de 1926, em comemoração ao nascimento de Miguel de Cervantes, escritor espanhol. O escritor e editor valenciano, estabelecido em Barcelona, Vicent Clavel Andrés, propôs este dia para a Câmara Oficial do Livro de Barcelona.Em 6 de fevereiro de 1926, o governo espanhol, presidido por Miguel Primo de Rivera, aceitou a data e o rei Alfonso XIII assinou o decreto real que instituiu a Festa do Livro Espanhol.No ano de 1930, a data comemorativa foi trasladada para 23 de abril, dia do falecimento de Cervantes.Mais tarde, em 1996, a UNESCO instituiu 23 de abril como o Dia Internacional do Livro e dos direitos dos autores, em virtude de a 23 de abril se assinalar o falecimento de outros escritores, como Josep Pla, escritor catalão, e William Shakespeare, dramaturgo inglês.A esta data está também ligado um costume Catalão de os homens oferecerem rosas às mulheres e receberem em troca livros. E é também o dia de S. Jorge (Sant Jordi para eles). Sempre existirá um dia em que leremos livros que ficarão em nossa memória pro resto da vida: os livros das crianças. Hoje prestamos homenagens aos pequeninos, contando fábulas e contos infantis, que os puros e fantásticos escritores criaram com as letras, suas mais belas estórias de um mundo puro, só de fantasias.
Como não navegar no mar que nos dá princesas e príncipes, bruxas e bonecas de pano, e mais bichos falantes, fadas e magos, nesse mundo maravilhoso de cores e repleto de alegrias infindáveis. Assim é a melhor parte de nossa infância. Ela é a criadora dos sonhos e da nossa transformação no mundo do bem, e que tem sempre um final feliz.
Não falo o nome de ninguém na minha singela homenagem. Porque são tantos e teria que ter um milhão de braços para poder abraçá-los, um a um. E pedir, ao Pai do Céu, licença pra aqueles que já partiram.

BELEZA PURA...



Parnaso De Além - túmulo




Embora eu não seja Pesquisador de Literatura, li e estudei os comentários e estudos que muitos já fizeram sobre o fenômeno Chico Xavier.Vou repetir a resposta minha, já dada sobre um questionamento semelhanteNa época em que o jovem Francisco deu à lume o livro Parnaso de além Túmulo, várias vezes reeditado e aumentado, expressou-se um dilema:"Ou daremos crédito a estas mensagens como psicográficas (259 poemas, 56 autores), atestando a realidade dos espíritos, ou devemos arranjar-lhe uma cadeira na Academia de Letras !"Ora, é inconcebível admitir que uma pessoa com o parco conhecimento de literatura que ele tinha, pudesse ter a versatilidade que apresentou. Não é possível aceitar como querem os detratores que fosse simples imitação de autores. VEJA UM MAGNÍFICO TRABALHO DE TESE da Unicamp publicada por Alexandre Caroli Rocha e co-autorada pelo Prof. Haquira Osakabe http://libdigi.unicamp.br/document/?view=vtls000236698Quanto às mensagens dos "mortos" aos parentes dessas pessoas, parece que os detratores inventam teorias mais difíceis de provar do que a própria mediunidade. Quando são ateus, céticos e agnósticos, é compreensível, mas quando são religiosos cristãos que firmam sua fé em um livro que é fundamentado em comunicações mediúnicas, só a sua própria incoerência de fé é o que exalam.Se elas, as mensagens fossem produto de telepatia, as mensagens não trariam detalhes desconhecidos dos parentes presentes.;se fossem obras dos "demônios ", não procurariam reconduzir os confortados à religião, à Deus, à Jesus, à caridade, ao bem, afastando-os de tendências suicidas e depressivas.Há pessoas, para as quais, provas não valem nada.Se provas valessem alguma coisa, médicos não fumariam.

Roda Viva - Chico Buarque e MPB4

Uma das mais lindas canções que já ouvi. Não só pela sua harmonia - afinal MPB4 e Chico Buarque são fenomenais - mas também pela forte letra de apelo social, e a história da composição; o momento delicado em que o nosso país vivia. Para ouvir, clique no link abaixo.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

FLANANDO EM PARIS

Um dos intelectuais mais populares e polêmicos do Rio de Janeiro nas décadas de 60 e 70, Carlinhos de Oliveira soube como ninguém sintetizar os desastres do amor, os infernos particulares, a guerra dos sexos, as cenas da vida cotidiana. FLANANDO EM PARIS é sobretudo um painel dos impasses e perplexidades do cidadão brasileiro, esteja em Paris, Londres, Amsterdã ou Lisboa. Sentimentos compilados durante suas andanças por essas cidades, acompanhado por artistas, dramaturgos, escritores, gigolôs e belas mulheres. Estão aqui os encontros com Samuel Beckett, Jean-Paul Sartre e o conterrâneo Fernando Sabino. A falta de dólares, a abundância de tempo e a insaciável curiosidade. As descobertas dos sebos e dos cafés, a efervescência cultural.Insólita e misteriosa, a Paris de Carlinhos de Oliveira não se encontra nos guias turísticos. Não se descortina dos telhados de suas antigas igrejas ou do topo da Torre Eiffel. A Paris desse cronista irreverente e inconformista está no subterrâneo, onde os olhos dos homens brilham como lâmpadas mortiças em procissão. Se revela nas observações desse porta-voz dos meandros da alma. Nas descrições da boemia, nos fragmentos de diálogos, nas reflexões sobre cultura, dinheiro, morte, solidão, amor, amizade, hipocrisia, preconceitos. Textos construídos com humor cáustico que lançam um olhar objetivo sobre a condição humana, em tudo o que esta tem de oculto e ambíguo.

Getsêmani...

http://youtu.be/XDJePm7FdMU

Livraria de Lisboa entra no Guinness como a mais antiga do mundo

Fonte:globo.com

Bertrand, no bairro do Chiado, funciona desde 1732.Certificado na parede atesta o recorde.





Fachada da livraria Bertrand, em Lisboa, vista nesta sexta-feira (22). O Livro Guinness de recordes certificou a loja como a mais antiga livraria do mundo ainda em atividade. A Bertrant estabeleceu-se em 1732, no bairro lisboetado Chiado. Um certificado que atesta o recorde foi colocado em uma das paredes da loja.


quarta-feira, 20 de abril de 2011

A imagem de nossas vidas...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

EM NOME DE DEUS (The Magdalene Sisters )





Os Lares Madalena, na Irlanda, eram de responsabilidade das Irmãs da Misericórdia, em nome da Igreja Católica. Jovens mulheres eram mandadas para lá por suas famílias ou pelos orfanatos e, uma vez lá, ficavam confinadas e obrigadas a trabalhar na lavagem de roupa, onde poderiam expiar seus pecados. Os pecados variavam entre ser mãe solteira, ser bonitas ou feias demais, retardadas mentalmente, ignorantes ou inteligentes, ou vítimas de estupro. E por seus pecados, elas trabalhavam 364 dias por ano, sem remuneração. Eram mal alimentadas, surradas, humilhadas, estupradas, e seus filhos levados à força. A sentença dessas moças era indefinida. Milhares de mulheres viveram e morreram nesses Lares. O último Asilo Madalena na Irlanda foi fechado em 1996. Este filme é contado sob o ponto de vista dessas jovens mulheres durante os anos sessenta, uma era erroneamente tida por alguns como uma época de incontestada liberação feminina. Essas jovens mulheres católicas encontram-se em um pesadelo quase medieval, enquanto o mundo exterior, silenciosamente, (ou em alguns casos, ativamente) apoia o estado teocrático. O filme mostra como a personalidade dessas mulheres se desenvolve, de maneira positiva ou negativa, em um ambiente controlado e dominado por mulheres celibatárias, servas de Deus, noivas de Cristo. Como podem, as meninas tentam escapar das surras; mas que vitória é esta se permanecem encarceradas como escravas? Uma delas consegue sair de uma forma sofrida e banal, outra é confinada em um sanatório, e mais duas se rebelam, fogem e alcançam a liberdade.




Um Lugar Entre os Vivos


Particularmente, nunca vi ninguém comentar sobre este livro nem de seu autor que é desconhecido para muitos, porém devo dizer que ele me fez sair do roteiro Simenon - Agatha, com uma história recheada de suspense e muito bom humor. De um lado, o assassino Joseph Arcimboldo, que vem assombrando as mulheres de Paris com bárbaros crimes cometidos em série. De outro, Ernest Ripper, escritor sem talento, mas ansioso por inscrever seu nome na história da literatura. Entre os dois, firma-se um contrato que envolve, além de muito dinheiro, perigo: Arcimboldo contrata Ripper como ghost writer para narrar os crimes que cometeu. Logo, porém, surgem inquietações: Arcimboldo teme que Ripper lhe roube a história, e o escritor receia algum tipo de represália da parte de seu sócio. As tensões se avolumam a cada página dessa narrativa metalingüística em que a vida real transfere-se para as páginas da literatura policial. Nelas, convivem a mocinha romântica, a amante emancipada, uma poderosa editora de hábitos sexuais bizarros, um tio inválido num hospital e um michê que atende mulheres ricas. Enquanto Arcimboldo almeja eternizar suas façanhas, Ripper sonha em escrever o romance de sua vida. Não se sabe, entretanto, se o livro vai ser concluído pelo biógrafo, assim como não se pode assegurar que esteja encerrada a série de crimes do biografado. A desconfiança entre os dois cresce até que Arcimboldo começa a vigiar Ripper e sua namorada Sabine - e a vítima seguinte pode estar fora da literatura.''

Hoje; dia do beijo!

Hoje é dia do Beijo e para nos presentear esse dia tão especial, o céu nos proporcionou uma das melhores combinações celestes para que agente beije com vontade, com a alma e o coração: Vênus e os Nodos. Aproveite que o céu está favorecendo e beije alguém especial!



O Guerreiro Voltará

Fiquei muito feliz ontem, ao ver a reportagem na TV sobre a franca recuperação de Chico Anisio. Os seu planos para o futuro, a sua alegria de viver nos emocionam. Que ele possa voltar embreve, para nos dar o ar da graça em cenas como esta à baixo que ele nos proporcionou juntamente com o outro gênio Jô Soares.

terça-feira, 12 de abril de 2011

O Sal da Terra

Linda esta canção! Creio que quando o Beto Guedes compôs, ele devia estar em estado de graça. Vou usá-la em sala de aula para tentar conscientizar os meus alunos sobre uma realidade que muitas vezes fazemos vista grossa. Até.

Nos Bailes da Vida...

Elton John - Can You Feel The Love Tonight

Onde estará o meu amor...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Pequeno Príncipe


Este foi o livro que li mais rápido. Duas horas e meia; e garanto que foi um dos mais ternos e singelos que já li. Muitas pessoas acham que é um livro de criança, porém, devo dizer que quem pensa assim está redondamente enganado. No Final é impossível segurar as lágrimas. O personagem principal, que é o narrador da história é um piloto de avião; talvez um alter ego do autor. O narrador recorda-se do seu primeiro desenho de criança, tentativa frustrada de os adultos entenderem o mundo infantil ou o mundo das pessoas de alma pura. Ele havia desenhado um elefante engolido por uma jibóia, porém os adultos só diziam que era um chapéu. Quando cresceu, testava o grau de lucidez das pessoas, mostrando-lhes o desenho e todas respondiam a mesma coisa. Por causa disto, viveu sem amigos com os quais pudesse realmente conversar. Pelas decepções com os desenhos, escolhera a profissão de Piloto e, em certo dia, houve uma pane em seu avião, vindo a cair no Deserto de Saara. Na primeira noite, ele adormeceu sobre a areia. Ao despertar do dia, uma voz estranha o acordou, pedindo para que ele desenhasse um carneiro. Era um pedacinho de gente, um rapazinho de cabelos dourados, o Pequeno Príncipe. O narrador mostrou-lhe o seu desenho. O Pequeno Príncipe disse-lhe que não queria um elefante engolido por uma jibóia e sim um carneiro. Ele teve dificuldades para desenhá-lo, pois fora desencorajado de desenhar quando era pequeno. Depois de várias tentativas, teve a idéia de desenhá-lo dentro de uma caixa. Para surpresa do narrador, o Pequeno aceitou o desenho. Foi deste modo que o narrador travou conhecimentos com o Pequeno Príncipe. Ele contou-lhe que viera de um planeta, do qual o narrador imaginou ser o asteróide B612, visto pelo telescópio uma única vez, em 1909, por um astrônomo turco. O pequeno Planeta era do tamanho de uma casa. O Pequeno Príncipe contou o drama que ele vivia, em seu Planeta, com o baobá, árvore que cresce muito; por este motivo, ele precisava de um carneiro para comer os baobás enquanto eram pequenos. Através do Pequeno Príncipe, o narrador aprendeu a dar valor às pequenas coisas do dia-a-dia; admirar o pôr-do-sol, apreciar a beleza de uma flor, contemplar as estrelas... Ele acreditava que o pequeno havia viajado, segurando nas penas dos pássaros selvagens, que emigravam. O Príncipe conta-lhe as suas aventuras em vários outros planetas: o primeiro era habitado por apenas um rei; o segundo, por um vaidoso; o terceiro, por um bêbado; o quarto, por um homem de negócios; o quinto, um acendedor de lampião; no sexto, um velho geógrafo que escrevia livros enormes, e, por último, ele visitou o nosso Planeta Terra, onde encontrou uma serpente, que lhe prometeu mandá-lo de volta ao seu planeta, através de uma picada. No oitavo dia da pane, o narrador havia bebido o último gole de água e, por este motivo, caminharam até que encontraram um poço. Este poço era perto do local onde o Pequeno Príncipe teria que voltar ao seu planeta. A partida dele seria no dia seguinte. Falou-lhe, também, que a serpente havia combinado com ele de aparecer na hora exata para picá-lo. O narrador ficou triste, ao saber disto, porque tomara afeição ao Pequeno. O Príncipe lhe disse para que não sofresse, quando constatasse que o corpo dele estivesse inerte, afirmando que devemos saber olhar além das simples aparências. Não havia outra forma de ele viajar, pois o seu corpo, no estado em que se encontrava, era muito pesado. Precisava da picada para que se tornasse mais leve. Chegado o momento do encontro com a serpente, o Pequeno Príncipe não gritou. Aceitou corajosamente o seu destino. Tombou como uma árvore tomba. E assim, voltou para o seu planeta, enfim. O narrador, dias mais tarde, conseguiu se salvar, sentindo-se consolado porque sabia que o Pequeno Príncipe havia voltado para o planeta dele, pois ao raiar do dia seguinte à picada, o corpo do Pequeno não estava mais no local. Hoje, ao olhar as estrelas, o narrador sorri, lembrando-se do seu grande Pequeno amigo. Obs. O Pequeno Príncipe, embora pareça um livro escrito para crianças, é uma obra urgentíssima para adultos. Suas palavras possuem conotações mais profundas, que não poderão ser notadas em uma simples leitura. Esta obra pode ser considerada como Fábula, ou se preferir, Parábola.

domingo, 10 de abril de 2011

Trilhas Sonoras Inesquecíveis

Vou encerrar as postagens de hoje com a trilha sonora deste ótimo filme Mediterrâneo, que já assiti diversas vezes. Músicas como essas engrandecem o cinema. Até.


Luz de Inverno






" Luz de Inverno" é o segundo filme da chamada "Trilogia do Silêncio", do diretor sueco Igmar Bergma. Porém hoje, em entrevistas recentes, ele nega que os filmes "Através de um Espelho", este e "O Silêncio" formem uma trilogia sobre o "Silêncio de Deus" e que só disse isso na época porque fazer trilogias estava na moda. Mas parece estar errado. Ainda que de forma inconsciente, a temática entre os filmes é semelhante, mesmo que se diferenciem na forma e no estilo. Dos três filmes, "A Luz de Inverno" é o mais seco, o mais distanciado, e o mais difícil de ver. Para começar, Bergman não usa trilha musical, apenas umas poucas músicas incidentais aqui e ali. Como sempre, a fotografia é do seu iluminador habitual, o grande Sven Nykvist, que em poucos exteriores consegue passar o clima opressivo do inferno. O filme é construído em três atos, ou grandes cenas. O primeiro no interior da igreja (também sem adornos), o segundo na casa da amante Ingrid Thulin (onde de forma crua e até chocante ele disse que não suporta aquela mulher que há dois anos o persegue e mima, na esperança de se casar com ele) e o terceiro na sacristia de outra igreja (e começa e termina com atos litúrgicos). O filme é bastante claro e apresenta seu protagonista, o pastor Tomas (o que equivalente a Tomé, o apóstolo que precisava ver para crer), cada vez mais descrente em Deus _a crise começou quando perdeu a mulher que amava até demais, dizem seus amigos. Quando um pescador (Von Sydow) vem lhe procurar, com relutância, porque está em crise existencial, porque tem medo da situação mundial, porque a China vai criar a bomba atômica e o mundo pode ser destruído, Tomas não consegue ajudá-lo. Logo depois, o pescador se mata, e sua mulher, excelente presença de outra musa de Bergman, Gunnell Lindblom, aceita tudo com complacência. Mas isso não lhe provoca remorsos ou maiores reflexões _como em "Através de um Espelho", ele fala em Deus como uma aranha. O momento mais marcante e famoso talvez seja a conversa com o sacristão, quando ele discute a Paixão de Cristo e afirma que ele não deve ter sofrido tanto ao ser torturado, porque tudo teria durado quatro horas, mas pelo fato de se sentir sozinho e abandonado por todos e até mesmo pelo seu Pai divino. Embora curto, não é um filme fácil e acessível aos que ainda não estão familiarizados com Bergman (que teria se inspirado em "O Diário de um Pároco de Aldeia", de Bresson, diz a capinha). Edição em DVD vem com trailer americano de cinema, texto sobre vida e obra do diretor, galeria de fotos.

Eu Não Existo Sem Você...

A Foto do Domingo

O Grande Artista

Hoje vamos prestar homenagem a um dos grandes artistas da atualidade. Estou me referindo ao americano thomas kinkade. Vindo de uma família modesta, Kinkade procura obter a sua inspiração na fé cristã, transmitindo nas suas pinturas valores morais e religiosos.Na faculdade resolveu aproveitar umas das férias de verão para viajar com um amigo, desenhando tudo o que lhe parecia interessante. O resultado foi a publicação do best-seller educacional intitulado “The Artist’s Guide to Sketching”. O sucesso do livro levou-os ao Ralph Bakshi Studios, onde criaram os fundos do desenho "Fire and Ice". Kinkade começa a partir dessa altura a explorar a luz e os mundos da imaginação. É chamado por vezes o “pintor da luz” devido ao facto da maior parte do seu trabalho se centrar sobre a luz, embora segundo ele este epíteto inclui também uma dimensão moral. Dos faróis, às luzes nas janelas, às luzes na rua, à luz do sol quando nasce ou quando se põe, a luz é quase sempre uma constante. Uma casa de campo, um chalé de madeira, uma capela no nascer do sol… cada cenário cria um sentimento de paz e serenidade. Onde pode haver mares ásperos, o farol apresenta um sentimento da segurança. Os seus quadros têm cores vibrantes, muita luz e brilho intenso, retratam imagens bucólicas de jardins, rios, casas de campo, ou florestas. As suas pinturas parecem ter alma e transmitem paz, tranquilidade e harmonia. Pessoalmente adorei conhecer a sua obra. Veja os slides que preparamos. Até.

sábado, 9 de abril de 2011

Saudade...

Música e Amor. Semisai

O músico Charles Chaplin - Luzes da Cidade

Música, emoção, e... Cinema - O Carteiro e o Poeta

Uma das grandes interpretações de todos os tempos

Revivendo Emoções

Lembrei-me agora da nossa viagem de lua-de-mel à Ouro Preto e região. Foram dias belíssimos, de muito amor. O clima e a paisagem mineiros deram um charme na viagem. Ao lado da minha morena cantávamos muitas ds músicas do repertório mineiro. E Esta foi uma das que eu mais cantei, sempre ao lado do meu grande amor. Até.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A Montanha e a chuva... Lindo!!!

terça-feira, 5 de abril de 2011

O Amor e Forma de uma Canção...

Já passam da dez da noite, e o sono já me venceu. Porém antes de me entregar em definitivo nos braços de orfeu, farei uma merecida homenagem a minha amiga Cíntia Biscuit; pois sei que ela adora a música francesa. E Para interpretar o amor em forma de canção, nada melhor do que ouvir Edith Piaf, cantando a sua mais bela música. Até.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Culpa dos Pais


Essa não é a primeira vez que escrevo sobre Vittorio De Sica. Esse gênio do neo-realismo que encantou gerações com o seu modo de fazer cinema, não só pela sua competência atrás das câmeras, como pela sua personalidade em manter firme as suas idéias, mesmo que isso signifique um alto preço à pagar. Ao contrário de Rossellini, outro grande nome do neo-realismo, De Sica negou-se a favorecer o fascismo, contrariando o regime ao apresentar "A Culpa Dos Pais" (1942), amarga e dismistificadora visão familiar. Algo que a propaganda oficial fascista considerava um dos pontos sacrossantos da nação. Vittorio De Sica teve no roteiro, a colaboração de outro pioneiro do neo-realismo, Cesare Zavanttini. O filme mostra as preocupações de uma jovem mãe, que não consegue suportar as pressões geradas pela responsabilidade familiar. Ela abandona o marido, e o filho, arruinando a vida de ambos. Evitando exageros dramáticos, De Sica conta de uma maneira sutil, os fatos reais e chocantes, de forma sensível e impressionantes. Realizado em 1942, o filme só foi lançado na Itália em 1944. Esta é uma das mais belas obras desse gênio do cinema de todos os tempos chamado, Vittorio De Sica que merece ser redescoberta.

domingo, 3 de abril de 2011

A Foto do Domingo

Esta foto é de meados do século XIX na cidade de Paris. feita por Charles Marville, que foi contratado por governantes fraceses para retratar a reconstrução da cidade, os alargamentos das ruas e a padronização dos prédios

Mamãe faz 100 anos





Gênio esse Saura. Um dos expoentes do cinema europeu; este espanhol é sem sombra de dúvida um dos maiores cineastas do mundo. Tive a oportunidade de assisti vários dos seus filmes, e muitos deles vem sempre acompanhado de questionamentos inquietantes sobre a sociedade e sobre avida. Nesta obra-prima, Saura analisa a sociedade Espanhola durante o regime de Franco, apresentando uma família que aproveita a reunião de aniversário dos 100 anos da matriarca, para planejar sua morte e apoderar-se de sua herança. Mas apesar de fraca e doente, a Mamá (Rafaela Aparício) ainda possui um caráter forte, impondo sua presença e autoridade frente aos seus individualistas e gananciosos filhos. Nesse filme as estrelas são a matriarca (Rafaela Aparício) e a bondosa e ingênua Ana (Geraldine Chaplin). O filme ambientado no final dos anos 70 mostra uma antes abastada família espanhola, mas naquele momento em ruínas. A mamãezinha daquela gente vai fazer 100 anos e sabe dos planos de alguns de seus desnaturados filhos, entre eles, um debilóide solteirão que só pensa em tentar voar de asa delta, uma filha que tenta controlar a casa e alguns outros. Eles querem a venda da imensa propriedade que viu nascer a aniversariante e também de algumas terras. Mas a mamá que é esperta sabe do plano que armaram para lhe tirar a vida no dia do seu aniversário e pede a ajuda de sua melhor filha, a Ana. Não é uma comédia de tudo, mas há partes engraçadas: não há como não rir da voz de taquara rachada da velhinha e da cena em que ela desce de uma poltrona com os pezinhos se mexendo lá de cima. Uma coisa bem tosca. Há claro, em uma análise séria e profunda deste filme as metáforas existem. Para quem gosta do cinema espanhol, “Mamãe faz cem anos” é interessante justamente por mostrar algo da cultura e um pouco da vida privada de uma determinada classe social. Claro, que os que estão ali retratados não são a maioria no que diz respeito à ganância descomedida. Geraldine Chaplin está no filme do início ao fim e é muito interessante vê-la mais nova e chique em sua personagem. É uma viagem agradável ao cinema de Carlos Saura.