sexta-feira, 22 de abril de 2011

FLANANDO EM PARIS

Um dos intelectuais mais populares e polêmicos do Rio de Janeiro nas décadas de 60 e 70, Carlinhos de Oliveira soube como ninguém sintetizar os desastres do amor, os infernos particulares, a guerra dos sexos, as cenas da vida cotidiana. FLANANDO EM PARIS é sobretudo um painel dos impasses e perplexidades do cidadão brasileiro, esteja em Paris, Londres, Amsterdã ou Lisboa. Sentimentos compilados durante suas andanças por essas cidades, acompanhado por artistas, dramaturgos, escritores, gigolôs e belas mulheres. Estão aqui os encontros com Samuel Beckett, Jean-Paul Sartre e o conterrâneo Fernando Sabino. A falta de dólares, a abundância de tempo e a insaciável curiosidade. As descobertas dos sebos e dos cafés, a efervescência cultural.Insólita e misteriosa, a Paris de Carlinhos de Oliveira não se encontra nos guias turísticos. Não se descortina dos telhados de suas antigas igrejas ou do topo da Torre Eiffel. A Paris desse cronista irreverente e inconformista está no subterrâneo, onde os olhos dos homens brilham como lâmpadas mortiças em procissão. Se revela nas observações desse porta-voz dos meandros da alma. Nas descrições da boemia, nos fragmentos de diálogos, nas reflexões sobre cultura, dinheiro, morte, solidão, amor, amizade, hipocrisia, preconceitos. Textos construídos com humor cáustico que lançam um olhar objetivo sobre a condição humana, em tudo o que esta tem de oculto e ambíguo.

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