sábado, 31 de março de 2012

Românticos Anônimos


Belo filme este! Assisti na aconchegante sala do espaço UNIBANCO Glauber Rocha aqui em Salvador. Para muitas pessoas o filme é bom porque traz o que se acredita três temas maravilhos: o amor, Paris, e o... Chocolate; é isso mesmo, a delícia milenar faz parte deste singelo filme francês. Jean-René e Angélique são os "Românticos Anônimos" que dão nome a esta amorosa película. Ele é o dono de uma fábrica de chocolate. Ela, uma brilhante chocolateira que começa a trabalhar para ele. Unidos pelo chocolate e pelo sentimento que nutrem um pelo outro, eles têm outra coisa em comum: a timidez patológica, coisa que torna quase impossível manter relações com outras pessoas. Assim, para viver esse romance, os apaixonados terão que passar pelas mais inusitadas situações na tentativa de lidar com as emoções. A aproximação entre eles, a proximidade efetiva, será como a receita de chocolate. A doçura da atração, do carinho e do afeto estará sempre permeada pelo amargo da dificuldade que sentem em estabelecer contato sem sofrerem as reações de seus transtornos. Nasce disso um companheirismo improvável, repelente e atrativo ao mesmo tempo. Uma graça doce , um humor de uma singeleza ímpar. Vale a pena conferir

domingo, 18 de março de 2012

18 de Março; dia triste para o humor do Brasil



Ao assistir a um programa de TV a cabo me dei conta que há exatos 22 anos o Brasil perdia o que tinha de mais doce e mais ingênuo em seu humor: o grande trapalhão Zacarias do grupo Os Trapalhões. Zaca, que na verdade se chamava Mauro Gonçalves, mineiro de Sete Lagoas (talvez por ser mineiro é que podemos compreender a razão da sua doce alegria), deixou uma grande liçao de que na vida muitas vezes é necessário uma boa dose de pureza. A alegria de zacarias viverá para sempre.

E foram todos para Paris

Faz alguns dias que terminei de ler uma pérola de livro que na verdade é uma espécie de guia de viagens; porém não é um guia qualquer. Trata-se de um trabalho bem elaborado sobre a bela Paris dos anos 1920; a Paris da chamada Geração perdida. Para aqueles que como eu, assistiram e amaram o delicioso filme “Meia-noite em Paris”, vão perceber como o autor Sergio Augusto selecionou criteriosamente os melhores lugares onde os intelectuais americanos gostavam de se divertir. Devo salientar que o livro não é derivado do filme, e sim uma reedição que o autor fez para o caderno de turismo da Folha lá pelos idos de 1990. Sérgio Augusto apresenta ao leitor a cidade-luz onde a cultura, a arte, a arquitetura e a liberdade eram o panorama de artistas que residiam na capital francesa, como Ernest Hemingway, Picasso, Zelda e Scott Fitzgerald, Kiki e Josephine Baker. A obra almeja retratar com nostalgia um passado onde a festa parecia não ter fim. Sérgio levantou endereços, montou mapas e roteiros, e saiu em busca de um tempo perdido, com sua Canon analógica e um caderno de anotações. Vale a pena ler.

sábado, 17 de março de 2012

Gipsy King; haja fôlego!!!!!

Trago para vocês neste fim de noite uma das grandes canções do final do século XX. Djobi Djoba, do grupo franco espanhol Gipsy king. É impossível ouvir esta canção e ficar parado; um rítimo caliente muito comum no sul da Espanha; sedução cigana. vale a pena ouvir.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Emoção e fantasia; A Inveção de Hugo Cabret


Na semana passada postamos uma pequena resenha sobre o fantástico filme "O Artista". Hoje traremos dica sobre um outro filme laureado com cinco estatuetas. A invenção de Hugo Cabret, do duretor estadunidense Martin scorsese. Uma pintura de filme. Hugo Cabret; um garoto que vive clandestinamente numa estação de trens, em Paris, desde o falecimento de seu pai que era relojoeiro. O menino passa a morar com um tio bruto, mau-caráter e etilista, que lhe ensina a furtar e a tratar dos relógios. Esgueirando-se por caminhos ocultos, o moleque cuida do funcionamento dos colossais relógios
do lugar. Ele precisa de se manter invisível porque guarda um espantoso segredo. Descoberto pelo austero dono da loja de brinquedos e por sua curiosa sobrinha, todos os seus planos entram em perigo. Hugo tem sempre os seus bolsos cheios de dezenas de peças de metal que retira dos brinquedos que rouba na loja e um pequeno caderno de capa gasta, cheio de projetos, desenhos e estranhos inventos — um deles é uma máquina de aparência humana que o menino oculta num dos locais secretos da estação! À noite, Cabret tenta reconstruir o misterioso autómato, na esperança de revelar a mensagem guardada entre seus mecanismos. No entanto,não sabe por quanto tempo conseguirá manter seus planos...
A interacção entre realidade e ficção é um dos pontos fortes do filme, pois a obra recria uma época chave da história da humanidade: a industrialização europeia, o auge dos caminhos-de-ferro, os mecanismos (aplicados às artes, à magia, à relojoaria) e o surgimento do cinema. Uma homenagem ao cinema europeu por um dos maiores diretores dos Estados Unidos.

Iha das Flores - Simplesmente Impactante

quinta-feira, 8 de março de 2012

O Artista

É um prazer voltar a fazer contato com todos vocês que apreciam este humilde bloguinho. E volto em grande estilo; isso porque trago aqui e agora um filme que é sem dúvida mais que uma indicação, e sim uma necessidade cinematográfica: O Artista; filme poético, sensível, cativante e mesmo com o fato de o cinema falado já existir há mais de 80 anos, e estarmos na era do 3D, essa película conseguiu os principais prêmios do cinema mundial. Ao final da sessão, ficamos com vontade de comprar outro ingresso e assistir tudo outra vez. O filme narra a história do ator de cinema muda George Valentin, um verdadeiro galã e febre mundial das garotas mundo a fora. O homem dos sorrisos fáceis, dos mil trejeitos e simpatias percebe que a sua carreira está entrando em declínio por conta da chegada do cinema falado. Valentin é um ator de muitos sorrisos, um artista de linguajem corporal e não de fala. Ao mesmo tempo em que vê sua carreira afundar, também testemunha a ascenção da jovem Peppy miller; sua fã e que conseguiu entrar para o cinema da moda, o cinema falado. O encanto que o filme consegue trazer para o público é a angustia do personagem central ao perceber que tudo ao seu redor consegue falar menos ele. A paixão de Valentin e Peppy também é abordada com muito brilhantismo pelo diretor, sem deixar que essa paixão tome o lugar do dilema central vivido pelo personagem. Devo dizer que este tema não é inedito no cinema mundial. O filme Cantando na Chuva, já tinha mostrado as dificuldades que os atores do cinema mudo tiveram para adaptarem ao cinema falado, mas o artista, na minha opinião, consegue retratar com mais emoção todas as angustias vividas. Não posso esquecer de parabenizar o diretor pelo belo trabalho realizado, bem como o figurino lindíssimo e atrilha sonora que é simpesmente fantástica. Não sei se uma pessoa que nunca assistiu um filme mudo terá a mesma sensação de deslumbramento que tive ontem, mas para mim que assisti por muitas vezes, e continuo assistindo até hoje, o inesquecível Charles Chaplin, assistir O Artista foi como encontrar uma pessoa mais que especial que havia desaparecido e que pensava estar morto, e constatar que o mesmo está tão encantador quanto antes. O Artista, assim como o outro grande campeão Hugo Cabret possuem algo em comun; ambos homenageiam o cinema. Enquanto o estadunidense Hugo Cabret homenageia o cinema francês, o filme francês O Artista faz uma homenagem ao cinema estadunidense.