segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Poema de Amizade

Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?

A alma de outrem é outro universo

Com que não há comunicação possível,

Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma

Senão da nossa;

As dos outros são olhares,

São gestos, são palavras,

Com a suposição de qualquer semelhança

No fundo.


Fernando Pessoa

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Seu Ibrahim e as Flores do Corão - Eric-Emmanuel Schmitt



Na Paris dos anos 60, um encontro hipotético, mas extraordinário revela uma mensagem universal. Momo, um garoto judeu de 12 anos, e seu Ibrahim, velho árabe dono da mercearia da Rua Azul, tornam-se bons amigos depois da visita imprevista de Brigitte Bardot. Desse dia em diante, nada mais seria acidental nos destinos do ancião e do moleque. A principal lição que Momo aprende com seu novo amigo é que não há um tapume inabalável entre seu mundo e o dos adultos, como ele cria: a vida é muito mais afortunada quando seu Ibrahim está próximo. Nas circunstâncias mais simples do dia-a-dia, o velho mouro transmite ao menino o saber místico do islã, sem usar de doutrinas ou discurso maçante. Ao mostrar-lhe o essencial da vida e despertar nele o desejo do conhecimento, seu Ibrahim faz com que o menino descubra a si mesmo e os horizontes de sua própria mocidade. Seu Ibrahim e Momo desbravarão o mundo. E não serão apenas amigos, como pode parecer à primeira vista. Esse é apenas mais um dos princípios de seu Ibrahim. As exterioridades realmente enganam: o homem velho não é árabe, a rua Azul não é azul e o menino talvez não seja judeu. “Seu Ibrahim e as flores do Corão”, é uma parábola inspiradora, surpreendentemente cômica e filosófica, que combina algumas das questões básicas da essência humana com conjunturas únicas do cotidiano. Escrita com estilo e candura por Eric-Emmanuel Schmitt, premiado autor francês, a história do velho mouro e do menino hebreu foi um dos livros de maior sucesso de público e crítica em toda a Europa na época de seu lançamento e em 2003, chegou às telas de cinema do mundo inteiro, com o ator Omar Sharif no papel de seu Ibrahim. No Brasil, o filme foi lançado com o título “Uma amizade sem fronteiras”.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne ganha novo trailer

O filme “As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne”, baseado nas histórias em quadrinhos do aventureiro de topete Tintim, criação do belga Hergé, ganhou novo trailer nesta terça-feira (18). Dirigido por Steven Spielberg e produzido por Peter Jackson, narra o primeiro encontro de Tintim com o Capitão Haddock e a descoberta de uma pista para o tesouro dos ancestrais do capitão, Sir Francis Haddock. Eles partem para a busca com o auxílio dos detetives Dupond e Dupont. O filme tem estreia prevista para o dia 11 de novembro deste ano.


Poema da Bicicleta



Era uma vez

Uma bicicleta

Que eu tinha

Que era minha...

Que não tinha rodas

Mas que rodava comigo

Mundo a fora

Afora o horário

E eu nem amava o sonho

Pois não sabia

Aquilo o que era

Só sei que viajava

E achava bonito

Pedalar, sem cessar

Sem cansar

Sem sair do lugar

Ir a todo lugar

Até chegar ao fim

(do sonho);

Uma bicicleta nova

Que nunca me levou...

A lugar nenhum.


CORDEIRO

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Marina - póetico e nostálgico, como todos os trabalhos de Zafón



Hoje trago para todos uma bela dica literária. Devorei esta maravilhosa obra em dois dias, e confesso para vocês que não deixa nada a desejar em relação aos outros dois trabalhos do autor. O que me fez levar este livro de primeira (já que eu não fui a livraria para comprá-lo), foi o simples fato de ter sido escrito por Carlos Ruiz Zafón, este grande romancista espanhol na atualidade. Marina, tal como a obra que consagrou Zafón, é um conto quimérico de recordações, escrito numa prosa ora poética ora irónica, assente numa combinação de géneros literários (entre o romance de aventuras e os contos góticos) e onde o passado e o presente se constituam de forma inigualável. Considerado pela crítica como “macabro, arrebatador e concomitantemente extraordinário”, Marina propõe ao leitor uma reflexão sobre os enigmas da condição humana através da narrativa alternada de três histórias de afeto e morte.Ambientada na cidade de Barcelona, a história transcorre primeiramente entre os anos de 1979 e 1980 e depois em 1995 quando Óscar, o personagem principal, relembra a força extraordinária do primeiro amor e as aventuras com Marina, reconstrói as anotações do seu diário pessoal e revisita os lugares da sua mocidade.






“Marina disse-me uma vez que apenas recordamos o que nunca aconteceu. Passaria uma eternidade antes que compreendesse aquelas palavras. Mas mais vale começar pelo princípio, que neste caso é o fim.”

domingo, 16 de outubro de 2011

Quilômetro Zero











Na guerra Irã-Iraque, o soldado curdo Ako (Nazmi Kirik) é incumbido de acompanhar o corpo de um companheiro do seu pelotão até os familiares. Na viagem cheia de entraves, Ako irá se aproximar do regime arrogante de Saddam Hussein e, com isso, fará uma autorreflexão de sua vida. Concorreu à Palma de Ouro em Cannes em 2005, dirigido pelo curdo-iraquiano Hiner Saleem, hoje naturalizado francês. O filme foi rodado na região iraquiana do Curdistão, após a queda (e não a morte) de Saddam Hussein, entre os anos de 2004 e 2005. No fundo, Saleem opta em contar a história de vida do seu povo, o maior sem etnia do mundo, com mais de 25 milhões de pessoas organizadas em grupos, valendo-se da comédia fingida, cinismo aguçado e toques de humor negro. Percebe-se nesta película um pequeno retrato contextualizado que mostra, o sufoco do povo curdo antes e depois da matança organizada por Hussein. Tudo é mostrado a partir do ponto de vista do soldado Ako, que leva o corpo de um homem até a cidade onde vivia com a família. Em meio àquela região repleta de conflitos, Ako será acossado literalmente pela figura de Saddam; o monumento derrubado do ditador, a grande tirada do filme, lança o agudo significado de que o poder do impiedoso déspota ainda tem forças no país. “Quilômetro zero” foi lançado em 2005, e só em 2009 foi distribuído em DVD no Brasil. Deve-se prestar bastante atenção quando for pegá-lo na locadora para não confundir com a comédia dramática espanhola “Km. zero” (2000).

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Capitães da areia











Como em todas as sextas-feiras neste mesmo horário, cá estou para mais um encontro com todos vocês. A dica de hoje (assim foi durante esta semana), vai de cinema. Ontem fui ao Cine Paralela aqui em Salvador assistir ao filme "Capitães da Areia", baseado num romance de Jorge Amado que leva o mesmo nome. Os livros escritos por Jorge Amado sempre foram excelentes argumentos para roteiros televisivos ou cinematográficos. Porém, um de seus mais aclamados trabalhos, que é justamente o livro "Capitães da Areia", ainda não havia recebido uma versão para o cinema ou para a TV. Mas a história agora é outra, pois desde a semana passada os cinéfilos de todo o Brasil já podem conferir de perto esta película. Para todos que como eu, tiveram a oportunidade de ler o livro, sabem bem do que se trata a história. Os "Capitães da Areia", assim é como um bando de meninos abandonados pelas suas famílias e pela sociedade baiana dos anos 1950 são conhecidos. De todos eles o mais afamado e consequentemente o mais temido é o líder Pedro Bala, um adolescente de quinze anos já considerado pelas autoridades um bandido a ser caçado. Pedro é uma espécie de herói de dezenas de garotos da sua idade, que juntos aprontam todas na "Cidade da Bahia"; assaltam, invadem casas de granfinos para roubar, assaltam em plena luz do dia, passam a perna em marujos desavisados nos jogos de cartas, e também se ocupam de flertar com as mulatas. Adoram se divertir em festas de largo, quermesses, vivem em um trapiche abandonado, onde as vezes ocorrem algumas confusões, mas como família, resistem bravamente aos duros obstáculos. Neste momento, Salvador enfrenta uma dura epidemia de varíola, dizimando muitas vidas. A menina Dora de treze anos, e o seu irmãozinho Zé Foinha, estão entre os órfãos da varíola, pois sua mãe morreu e eles não tem para onde ir. É nesse momento que a vida dos dois irmãos se cruzará com a dos Capitães. Como no bando a presença de uma menina nunca exixtiu, a confusão logo se instala, afinal nesta idade, os hormônios estão à flor da pele. Pedro Bala logo se apaixona por Dora e é correspondido. "Professor", o braço direito de Bala, também se apaixona pela garota. Com sua timidez e sensibilidade prefere respeitar os sentimentos do amigo, se conformando apenas em sonhar com a pele macia da garota, bem como os seus seios que já despontam por conta da puberdade. Devo deixar claro que nem tudo são flores. Achei o filme bom, porém digo que a história podia ser um pouco melhor explorada. A relação do malandro Gato com a prostituta, o rancor do menino Sem Pernas por não ter uma família, a paixão silenciosa do Professor por Dora, a namorada do protagonista Pedro Bala, essas histórias foram ficando, na minha humilde opinião, um pouco soltas. Apenas o romance de Dora e Pedro Bala é encerrado com o fim do filme. Os outros finais parecem ser “justificados” com um final que vem de repente, como se o filme tivesse que acabar porque chegou o momento. O filme me pareceu um tecido cheio de pontas soltas. Mas como li a obra de Jorge fico imaginando se a minha exigência nesse sentido não será um pouco exagerada (afinal, quase sempre os livros que ganham versões para o cinema ou a TV costumam a continuar imbatíveis se comparados, pois são o original da obra). O cinéfilo que for para ver uma poesia visual do meninos malandros das ruas da Bahia, uma trilha sonora maravilhosa assinada por Carlinhos Brow, e a seleção de imagens, você não vai se decepcionar.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O exército do crime









Aproveitei o feriado para colocar o estudo em dia, e no final da tarde, como não podia deixar de ser montei um cineminha aqui em casa. O filme escolhido foi o francês "O Exército do Crime". História muito bem contada e vocês devem assistir. Quando Paris foi ocupada pelas tropas alemãs, a resistência não foi feita apenas por combatentes franceses. O proletário Missak Manouchian abre a lista de um pequeno grupo de jovens comunistas internacionalistas de origens judaica, polaca, espanhola, arménia e outras que, pela coragem das suas ações, vão tornando-se uma lenda do combate contra as tropas nazistas e as autoridades colaboracionistas francesas. A polícia francesa vai usar todos os meios para dissolver o grupo, enchendo os muros de todas as cidades do país com cartazes apelando à denúncia dos elementos do que denomina “Exército do crime”. Consegui de um amigo a cópia deste filme francês que descreve a formação de um “exército” anti-nazismo formado por jovens de diferentes nacionalidades que dão início a uma intensa oposição contra as tropas nazistas e as autoridades francesas que colaboram com os alemães. O Exército do Crime, dirigido por Robert Guédiguian, possui suas qualidades dignas de serem admiradas. O filme faz uma dura crítica ao nazismo e consegue mostrar com muita persuasão a necessidade desses jovens de acabarem terminantemente com o poder dos alemães, e tudo isso, acompanhado de algumas cenas bem construídas, com uma trilha sonora presente e um ritmo que consegue engrenar. “O Exército do Crime” é uma obra inteligente e carregada de emoção.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Caché - um olhar sobre a imagem e seu efeito no homem







A indicação fílmica de hoje vem da França. Tive o prazer de assisti esse filme pela terceira vez e posso falar com certeza que a película não está incompleta, segundo muitos dizem. Requer um olhar mais apurado obre o homem moderno e o seu cotidiano. Este trabalho expressa muito sobre a imagem e seu efeito no homem hodierno. A princípio, esta parece uma significação simplista, mas quando o assunto é o cinema de Michael Haneke, nada costuma ser tão aberto assim. “Caché” (2005) é uma película que deixa bem claro o poder desestruturador da vigilância, porém vai mais longe ao questionar a natureza e o sentido das mídias audiovisuais, assim como o processo de criação delas. E como um bom artista que utiliza seu ofício para confrontar a realidade, Haneke não perde a ocasião para expor as relações confusas das classes socias, sempre partindo do ponto de vista do passado e da culpa. Georges Laurent (Daniel Auteuil) é apresentador de um programa de televisão sobre literatura, enquanto sua esposa Anne (Juliette Binoche) trabalha numa editora. O quadro familiar se completa com o filho adolescente, Pierrot (Lester Makedonsky). O casal é bastante erudito e possui amigos que frequentam a casa com constância. Essa vida normal e sossegada é sacudida pelo recebimento sucessivo de fitas de vídeo. No começo, elas parecem ter apenas a intenção de vigiar a entrada da residência dos Laurent, mas logo chegam embrulhadas com papéis desenhados que destacam o elemento sangue. Esse pormenor apavora Anne e o marido. Novas fitas surgem. Georges distingue lugares que dizem respeito à sua infância. Para ele, as imagens estão relacionadas com um passado de egoísmo e discriminação que sempre optou por esquecer. A lembrança de Majid (Maurice Bénichou) - um órfão argelino - se torna uma constante. Quando garoto, Georges aprontou para que Majid não crescesse ao seu lado. Seu plano deu certo e o pobre garoto argelino foi parar num orfanato. Mesmo nesse período, Georges já conhecia muito bem as diferenças sociais; o outro não poderia ter as mesmas oportunidades. Nesse momento, Haneke, como um alemão radicado na França, coloca o dedo na história política do país e exibe o eterno recalque causado pela independência da Argélia. Falando em história, volvamos a nossa memória para o filme do mesmo diretor, “Código Desconhecido”, com uma Paris sucumbida em racismo contra imigrantes africanos e do Leste Europeu. Uma seqüência de “Caché” não deixa nada a dever ao filme anterior. Georges sai delegacia e atravessa despreocupadamente a rua, quase sendo atropelado por um ciclista em alta velocidade. Irritado, ele vai para cima do rapaz. Este pede desculpas, mas logo também irritar-se quando percebe a fúria de Georges. A situação seria natural se não houvesse um pequeno detalhe: o ciclista também era um imigrante africano. Georges procura Majid para exigir esclarecimentos. Mas será este o culpado pela produção e envio dos vídeos? Ou será o filho do argelino, para vingar a infortúnio do pai? Ninguém está fora de suspeita, nem mesmo Georges e sua família. De qualquer forma, Haneke não tem interesse em apresentar esclarecimento algum - uma marca pessoal do diretor. O formidável em “Caché” não é a autoria e sim a consequência causada pelos vídeos e pelos desenhos. Se restam lacunas na história cabem a nós finalizá-la. Palavras do cineasta em entrevista: “O espectador tem que construir suas próprias cenas, e qualquer coisa que eu mostre significa enfraquecer a fantasia do espectador”.

domingo, 9 de outubro de 2011

Acheeeeeeiiiiiiiii!

Pela manhã fiz uma postagem sobre a história da livraria Ornabi, em um curta que assisti na TV. Vasculhando a net agora, encontrei o curta-metragem e trago o link para vocês. A legenda está em inglês, mas o entendimento do audio em português é claríssimo. vale apena conferir. Até amanhã!



Livraria Ornabi from CurtaDoc Acervo on Vimeo.

Nós Acreditamos...



"Quando EU flor...
Quando TU flores...
E ELE flor...
NÓS flores seremos
E o mundo florescerá!"


Sandra Braconnot

Cinema, literatura e saudade - Livraria Ornabi



Olá gente, tudo bem? Aproveito para indicar para vocês um maravilhoso curta que acabei de assisti na TV a cabo. Um documentário de 17min aproximadamente, chamado "Livraria Ornabi". A película conta a história da Ornabi; livraria fundada no final da década de 40 do século XX em São Paulo, o maior sebo do Brasil entre os anos 1960 e 1980 que fechou suas portas em 2007, porque o proprietário do sebo, aos 88 anos, se aposentou. O curta vem abordar as histórias da Livraria, contadas pelo próprio proprietário e fundador, desde a sua chegada ao Brasil, fugindo de Portugal por conta da Segunda Guerra, até os últimos dias da loja. Ao desenrolar a entrevista com o ancião Luiz Dias (esse é o nome do português fundador que está na foto acima), é imposível não sentir um pouco de tristeza pelo fechamento da livraria, bem como um pouco de saudade, pois esse sagrado lugar foi ponto de encontro de muitos estudantes no centro de Sampa. Devo dizer que o acervo da livraria - que um dia já foi de 400.000 livros - foi comprado por uma grande universidade paulistana, a PUC. Um grande jurista de São Paulo publicou em jornal no tempo do fechamento da livraria, as seguintes palavras para o Tio Luiz: "Admiro a obra que fizeste, mas dou mais valor a tua coragem de fazê-la". Luiz Dias faleceu no dia 11 de Janeiro de 2011 aos 92 anos em SP.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Mais que um filme; uma aula de história e humanismo. "Terra e Liberdade"











Grande filme este. Um dos melhores que assisti nestes últimos tempos. Uma verdadeira aula de história do tempo presente. É curioso ver esta película ser vendida em bancas de jornal (pelo menos foi onde eu comprei). Mais um grande e maravilhoso drama do diretor Ken Loach, que foi o primeiro a contar a verdade sobre a guerra civil espanhola. Já vi alguns trabalhos sobre o tema, mas nada contado de maneira tão verdadeira como este. Baseado no livro "Lutando na Espanha" de George Orwell, o filme começa com a cena em que uma jovem chama o serviço de emergência, pois seu avô, David Carr, está gravemente doente e precisa ser levado ao hospital. Enquanto o avô está no leito de morte, a jovem ao arrumar os seus pertences encontra algumas cartas, recortes de jornal e um punhado de terra escondida em um velho lenço vermelho. Ao ler aquelas cartas e analisar os jornais, ela descobre que o seu avô foi um revolucionário e que havia lutado contra o fascismo na Espanha. Alguns dias depois o ancião vem a falecer. O filme é um vai e vem ao pasado, mais precisamente à Europa dos anos 30, quando o jovem David Carr deixa o conforto da sua cidade Liverpool, para lutar voluntariamente por seus ideais na Revolução Espanhola. O sangrento confronto entre os comunistas e fascistas, um dos fatos históricos mais importantes do século 20, serve de pano de fundo para as discussões humanistas do consagrado diretor britânico Ken Loach. A película conquistou diversos prêmios internacionais, além de revelar ao mundo o talento (em todos os sentidos), da atriz espanhola Rosana Pastor, que venceu o premio Goya Awards de 1996 por sua atuação. Ao ressuscitar a Guerra Civil Espanhola, Loach coloca em destaque um momento em que a esquerda, mundialmente, uniu-se em torno de uma causa. Simpesmente sensacional!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Himno al amor - excelente versão

Ao procurar alguns vídeos de canções francesas, encontrei esta maravilhosa versão de L 'hymne a l' amour, em espanhol na voz da grande cantora francesa Mireille Mathieu. Trata-se da música Himno al amor. Uma maravilhosa versão que nos emociona da mesma maneira que a versão original. Confira.



Solidão



Aproximo-me da noite
o silêncio abre os seus panos escuros
e as coisas escorrem
por óleo frio e espesso

Esta deveria ser a hora
em que me recolheria
Como um poente
no bater do teu peito
mas a solidão
entra pelos meus vidros
e nas suas enlutadas mãos
solto o meu delírio

É então que surges
com teus passos de menina
os teus sonhos arrumados
como duas tranças nas tuas costas
guiando-me por corredores infinitos
e regressando aos espelhos
onde a vida te encarou

Mas os ruídos da noite
trazem a tua esponja silenciosa
e sem luz e sem tinta
o meu sonho resigna

Longe
os homens afundam-se
com o cajú que fermenta
e a onda da madrugada
demora-se de encontro
às rochas do tempo

Mia Couto

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Promessa é dívida

Como prometi, trago para vocês o vídeo com o mestre Chico Anysio declamando o belo poema "Mundo Moderno"


O tempo continua um canalha

Revendo meus arquivos fotográficos me deparei com uma imagem da magnífica atriz italiana Sophia Loren, no filme "O ouro de Nápoles", ao lado do grande ator e diretor Vittorio de Sica. A foto foi tirada em 1954. Simplesmente uma delícia de mulher.



Agora trago uma foto tirada o ano passado da mesma sophia.