domingo, 16 de outubro de 2011

Quilômetro Zero











Na guerra Irã-Iraque, o soldado curdo Ako (Nazmi Kirik) é incumbido de acompanhar o corpo de um companheiro do seu pelotão até os familiares. Na viagem cheia de entraves, Ako irá se aproximar do regime arrogante de Saddam Hussein e, com isso, fará uma autorreflexão de sua vida. Concorreu à Palma de Ouro em Cannes em 2005, dirigido pelo curdo-iraquiano Hiner Saleem, hoje naturalizado francês. O filme foi rodado na região iraquiana do Curdistão, após a queda (e não a morte) de Saddam Hussein, entre os anos de 2004 e 2005. No fundo, Saleem opta em contar a história de vida do seu povo, o maior sem etnia do mundo, com mais de 25 milhões de pessoas organizadas em grupos, valendo-se da comédia fingida, cinismo aguçado e toques de humor negro. Percebe-se nesta película um pequeno retrato contextualizado que mostra, o sufoco do povo curdo antes e depois da matança organizada por Hussein. Tudo é mostrado a partir do ponto de vista do soldado Ako, que leva o corpo de um homem até a cidade onde vivia com a família. Em meio àquela região repleta de conflitos, Ako será acossado literalmente pela figura de Saddam; o monumento derrubado do ditador, a grande tirada do filme, lança o agudo significado de que o poder do impiedoso déspota ainda tem forças no país. “Quilômetro zero” foi lançado em 2005, e só em 2009 foi distribuído em DVD no Brasil. Deve-se prestar bastante atenção quando for pegá-lo na locadora para não confundir com a comédia dramática espanhola “Km. zero” (2000).

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