quinta-feira, 8 de março de 2012

O Artista

É um prazer voltar a fazer contato com todos vocês que apreciam este humilde bloguinho. E volto em grande estilo; isso porque trago aqui e agora um filme que é sem dúvida mais que uma indicação, e sim uma necessidade cinematográfica: O Artista; filme poético, sensível, cativante e mesmo com o fato de o cinema falado já existir há mais de 80 anos, e estarmos na era do 3D, essa película conseguiu os principais prêmios do cinema mundial. Ao final da sessão, ficamos com vontade de comprar outro ingresso e assistir tudo outra vez. O filme narra a história do ator de cinema muda George Valentin, um verdadeiro galã e febre mundial das garotas mundo a fora. O homem dos sorrisos fáceis, dos mil trejeitos e simpatias percebe que a sua carreira está entrando em declínio por conta da chegada do cinema falado. Valentin é um ator de muitos sorrisos, um artista de linguajem corporal e não de fala. Ao mesmo tempo em que vê sua carreira afundar, também testemunha a ascenção da jovem Peppy miller; sua fã e que conseguiu entrar para o cinema da moda, o cinema falado. O encanto que o filme consegue trazer para o público é a angustia do personagem central ao perceber que tudo ao seu redor consegue falar menos ele. A paixão de Valentin e Peppy também é abordada com muito brilhantismo pelo diretor, sem deixar que essa paixão tome o lugar do dilema central vivido pelo personagem. Devo dizer que este tema não é inedito no cinema mundial. O filme Cantando na Chuva, já tinha mostrado as dificuldades que os atores do cinema mudo tiveram para adaptarem ao cinema falado, mas o artista, na minha opinião, consegue retratar com mais emoção todas as angustias vividas. Não posso esquecer de parabenizar o diretor pelo belo trabalho realizado, bem como o figurino lindíssimo e atrilha sonora que é simpesmente fantástica. Não sei se uma pessoa que nunca assistiu um filme mudo terá a mesma sensação de deslumbramento que tive ontem, mas para mim que assisti por muitas vezes, e continuo assistindo até hoje, o inesquecível Charles Chaplin, assistir O Artista foi como encontrar uma pessoa mais que especial que havia desaparecido e que pensava estar morto, e constatar que o mesmo está tão encantador quanto antes. O Artista, assim como o outro grande campeão Hugo Cabret possuem algo em comun; ambos homenageiam o cinema. Enquanto o estadunidense Hugo Cabret homenageia o cinema francês, o filme francês O Artista faz uma homenagem ao cinema estadunidense.

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