quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

"Pra Voce Guardei O Amor", é um diálogo de poemas onde o final é sempre o da vitória do amor...


"O amor que vive em mim vem visitar, sorri, colorir, solar"...

Choro de emoção enquanto escrevo estas palavras. Emoção pelo simples, e é justamente a simplicidade que faz o diferencial da vida.
Estava aqui ouvindo a canção “Pra Você Guardei O Amor” com Nando Reis e Maria Canas. Amar desta forma e ofertar esse amor a alguém ultrapassa todo o entendimento humano e só o divino para compreender.

Todos nós nascemos dotados do sentimento e da capacidade de amar. Na primeira estrofe, o músico diz exatamente isso: ele sempre sentiu esse amor dentro dele, mas nunca conseguiu dividir com ninguém, nunca conseguiu relacionar-se nessa magnitude com ninguém, tendo guardado esse sentimento.

Logo na estrofe seguinte, ele manifesta a vontade que sempre teve de viver esse sentimento de verdade. E percebe que o amor, que vivia dentro dele ( como em toda a humanidade ), tomava uma outra forma, fazendo com que ele ficasse ansioso ( visita esperada ), sorrisse, compusesse ( colorir, solar ) belas canções; amor que aquecia o peito, permitindo que fluísse.
A estrofe seguinte diz que só consegue viver este amor de verdade, quem se dispõe a entendê-lo, com todas as suas imperfeições, quem o aceita, seja como for; e quando ele diz: 'no giz do gesto', o que está querendo dizer? Bom, pra mim, o termo correto seria 'gesto do giz' e seu contrário 'giz do gesto. O gesto do giz não pode ser apagado. É uma ação. Mas o giz do gesto pode: é o que se escreve, para representar o que se quer. Como o amor, que é eterno enquanto dura, e pode mudar de figura.

Adiante ele assume que não sabe por que guardou tanto amor, além da falta de coragem de permitir-se viver isso. Reconheceu que amar é muito bom, e que perdeu tempo tentando se isentar de senti-lo.
Continuando, ele finalmente encontra-se amando, tendo encontrado a pessoa 'ideal' para compartilhar tal sentimento, sem que fossem necessárias explicações para isso. Ele declara que seu coração ( o gelo ), vai derreter, vai queimar no fogo ( o amor ).

Então, livre da fortaleza de 'ser durão', ele relembra o mesmo amor, tendo crescido observando seu refletir nos pais, podendo ele próprio agora vivê-lo, sem amarras, culpa ou medo.
A vida muda tanto, que ele sente como se estivesse nascido outra vez, como fala na última estrofe. É como se tivesse começado a viver naquele instante, mais valoroso, mais pleno.

A sequência 'lápis, edificio, tevere, ponte' tem uma simbologia. ( Esse cara é um gênio!)
O lápis, é de madeira, mas frágil. Edifícil demora a ser construído, mas é forte, e quando terminado, abrigam pessoas ( neste caso sentimentos ) diferentes, é grande, alto, etc. A ponte é algo que liga dois lados opostos. O músico sugere ligação entre as duas pessoas pelo sentimento nobre do amor.

Quando ele diz 'meus lábios beijam signos feito sinos', refere-se ao casamento, caminho que esse amor que sente acaba tomando.

E então, 'trilho a infância, terço o berço do seu lar' - refaz os caminhos que viu quando criança, de marido, pai, e assim, prepara-se para o ser.
Não é lindo?!


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