Foi com
grande alegria que li o livro “Nu, de
botas”, de Antonio Prata, que em minha opinião é possivelmente a coisa mais
divertida lançada este ano. Em grande parte isso acontece porque o escritor, ao
empreender (e nos convidar) uma viagem no tempo onde revisita passagens
marcantes da sua infância, assume o ponto de vista da criança, que
evidentemente ainda não entende o mundo ao seu redor e por isso arranja para si
explicações das mais estapafúrdias. Assim como o autor, eu também nasci no
final dos anos setenta, vivi intensamente a infância nos anos oitenta,
principalmente as brincadeiras e os programas infantis que eram exibidos pela
TV. Lembro que foram muitas as vezes que, assim como Prata, eu passei uma manhã inteirinha tentando
falar com o Bozo pelo telefone, ou assistindo aos seriados de ação japoneses que animavam as minhas tardes...
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Com uma escrita simples, coloquial e sem
complicações, o filho de Mario Prata consegue nos conduzir por sua infância de
maneira terna e direta. Ao contar sua história, suas pequenas aventuras, suas
situações engraçadas, ele mostra que foi daquelas crianças que fazem a gente
desacreditar que tem somente cinco anos. Contei algumas passagens para Elisângela ela teve a mesma reação: riu. Porque é isso que ele faz
com a gente. Deixa a gente feliz! Eu, que me apaixonei perdidamente por
crianças, fiquei maravilhado com os pensamentos, com as dúvidas e com a
inocência do personagem principal. E acho que vocês também vão ficar! "Nu, de botas" foi publicado
pela Companhia das Letras, tem 140 páginas e uma capa muito legal que simboliza
perfeitamente o mundo infantil do autor!
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