sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Nu de Botas é empreender uma viagem no tempo, do ponto de vista de uma criança que se espanta com o mundo e a ele confere um sentido cômico misterioso e terno...


Foi com grande alegria que li o livro “Nu, de botas”, de Antonio Prata, que em minha opinião é possivelmente a coisa mais divertida lançada este ano. Em grande parte isso acontece porque o escritor, ao empreender (e nos convidar) uma viagem no tempo onde revisita passagens marcantes da sua infância, assume o ponto de vista da criança, que evidentemente ainda não entende o mundo ao seu redor e por isso arranja para si explicações das mais estapafúrdias. Assim como o autor, eu também nasci no final dos anos setenta, vivi intensamente a infância nos anos oitenta, principalmente as brincadeiras e os programas infantis que eram exibidos pela TV. Lembro que foram muitas as vezes que, assim como Prata, eu passei uma manhã inteirinha tentando falar com o Bozo pelo telefone, ou assistindo aos seriados de ação japoneses que animavam as minhas tardes...
 
Com uma escrita simples, coloquial e sem complicações, o filho de Mario Prata consegue nos conduzir por sua infância de maneira terna e direta. Ao contar sua história, suas pequenas aventuras, suas situações engraçadas, ele mostra que foi daquelas crianças que fazem a gente desacreditar que tem somente cinco anos. Contei algumas passagens para Elisângela ela teve a mesma reação: riu. Porque é isso que ele faz com a gente. Deixa a gente feliz! Eu, que me apaixonei perdidamente por crianças, fiquei maravilhado com os pensamentos, com as dúvidas e com a inocência do personagem principal. E acho que vocês também vão ficar! "Nu, de botas" foi publicado pela Companhia das Letras, tem 140 páginas e uma capa muito legal que simboliza perfeitamente o mundo infantil do autor!

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