“Viver é melhor que sonhar”
Nesses dias
em que estou na contagem regressiva para a chegada de Maria Eduarda sempre me
pega refletindo sobre a velha e boa discussão sobre a relação entre pais e
filhos. Isso é justamente a alma dessa música composta pelo cearense Belchior
(sei que muita gente até hoje acha que a canção é da Pimentinha). Quando somos
jovens sempre achamos que nossos pais são caretas, desatualizados, fora de tudo
àquilo que enxergamos como padrão, que a educação que recebemos poderia ter
sido melhor, porém quando crescemos e temos filhos repetimos muito do que
nossos pais faziam conosco. É isso que Belchior quer mostrar na letra dessa
bela música. Os versos “ainda somos os
mesmos e vivemos como os nossos pais” deixam tudo bem claro. Nós até
mudamos, mas ainda vivemos do mesmo modo como os nossos pais viviam.
Além de tudo
isso, Belchior (é claro, é a visão do compositor), também quer mostrar que o
mundo pouco mudou. Por mais que as tentativas de mudanças fossem aplicadas, o
modo como vemos o mundo é o mesmo.
A opinião do
professor Eliude A. Santos sobre a canção amplia ainda mais a visão sobre a
importância desta letra. Segundo o professor, “Como os nossos pais é um hino à juventude que amadurece percebendo que
o mundo é uma constante, porque é feito de homens que se acomodam e de outros
que lutam por mudança”.
Como Nossos Pais torna-se ainda mais bela com a interpretação de uma das mais poderosas
vozes que esse país já ouviu, ou seja, com Elis Regina interpretando a canção
como uma verdadeira atriz que vive aquele momento, o entendimento da música se
dá por completo.
A canção
lançada em 1976 entra para o blog como uma bela letra, uma excelente
interpretação e um tema bastante interessante de se pensar.
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