sábado, 22 de janeiro de 2011

O CINEMA CUBANO ANTES DOS ANOS 60



A grande ilha, habitada por 17 milhões de habitantes, produziu a sua primeira atualidade, Extinção de um Incêndio , em 1897, e realizou os primeiros filmes de ficção em 1908. O verdadeiro início do seu cinema foi à apresentação, no dia 6 de agosto de 1913, do filme de longa metragem Manuel Garcia, dirigido por Enrique Diaz Quesada, e que narrava os feitos de um herói nacional durante a guerra de Independência. O filme foi produzido por Pablo Santos e Jesus Artigas, proprietários do maior circo cubano. Eles continuaram durante a primeira guerra mundial uma produção que parece ter sido orientada para os assuntos “revolucionários” e “sociais” (La Careta Social, Zafra o Sangre y Azuca, La Manigua o la Mujer Cubana ). Após 1920, Esteban Ramires e Ramon Peon estrearam. O primeiro dirigiu um filme em episódios: Le Génie du Mal , Face à la Vie e Arroyto , cujo herói pertencia ao folclore camponês. Ramon Peon, cujo primeiro filme foi, em 1920, Realidade, conquistou os maiores êxitos comerciais e foi contratado em 1926 por Richard Harlan como diretor em sua nova produtora, a Panamerican Pictures. A empresa logo enfrentou dias difíceis e a produção baixou para um ou dois filmes por ano no fim do cinema mudo. Peon estabeleceu-se então no México, tornando-se um dos cineastas que mais filmavam naquele período. Até a guerra, a produção de filmes falados foi insignificante e consistiu, sobretudo de filmes de curta metragem dançados e cantados. Em 1939-1940, as Pelliculas Cubanas instalaram estúdios nos quais realizaram uma dezena de filmes em dois anos. A empresa por sua vez periclitou, e a produção cubana caiu à zero, durante alguns anos. Um talento, entretanto, revelara-se: Manuel Alonso que dirigiu vários filmes interessantes, como Cecília Valdes (1953) e principalmente Casta de Robles (1953). Vários filmes foram dirigidos em Cuba por mexicanos, entre os quais se deve lembrar Un Golpe de Suerte, encenado por Manuel Altolaguirre (roteirista do filme de Buñuel, Subida al Cielo, 1951 ) e A Rosa Branca (biografia de José Marti, empreendida por subscrição nacional para celebrar o centenário desse revolucionário). O filme, realizado por Emilio Fernandez e fotografado por Figueroa, não parece ter sido um êxito completo. O conjunto da produção cubana (uns cinquenta filmes no total, entre 1940 e 1957) é medíocre, com cômicos que caçoam dos “galegos” (espanhóis), dos “negritos” (negros), melodramas, insípidas histórias sentimentais com canções da rádio, rumbas para turistas, etc.

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