terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Sétimo Selo é presente divino para os cinéfilos







O Sétimo Selo revela uma alegoria em preto e branco sobre a busca infinita pelo sentido em um mundo caótico: o mundo do século XIII, devastado pela Peste Negra.
Antonius Block (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra sua vila destruída pela doença. A Morte aparece para levá-lo, mas Block se recusa a morrer sem ter entendido o sentido da vida. Propõe então um jogo de xadrez, em uma tentativa de burlar a única certeza que o habita.
Apesar de perder o jogo de xadrez, a Morte continua a perseguí-lo enquanto viaja pela Suécia medieval. Block descobre os aspectos mais repugnantes do fervor religioso: a tortura, a caça às bruxas, o espectro da Morte alimentando-se da fraqueza humana.
A Sagrada Família
Block toma quatro pessoas sob sua proteção: o ateu Squire Jons, os jovens Mia e Jof e seu bebê. Alguns críticos associam os nomes e a presença quase imune à morte do casal à Sagrada Família.
A última vez que o filme reestrou aqui em Salvador foi no Natal de 2008, uma estréia um tanto herética pelo teor "profano", mas terrivelmente íntegro na investigação da fé. O fundamentalismo assassino de hoje é a celebração nefasta do mundo evocado em O Sétimo Selo.
Nas palavras do próprio Bergman sobre o filme, " a idéia de um Deus Cristão tem algo de destrutivo e terrivelmente perigoso. Ele faz emergir um sentimento de risco iminente, e por consequência, traz à luz forças obscuras e destrutivas".

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