quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Este "Pão Preto" Como filme, é um brilho. Como entendimento do mundo, me entristece...


Assisti no Canal Max, ao maravilhoso Pão Preto, um filme tão espetacularmente bem feito quanto barra pesada, duro, triste. Seus personagens – basicamente pessoas simples, campesinos da Catalunha, logo após o fim da guerra civil espanhola, todas as feridas da luta fratricida ainda abertas – são pessoas sem saída, para quem não existe esperança de luz no fim do túnel. A abertura já é uma pancada. Começa quando, em uma zona rural da Cataluña, um menino chamado Andreu, cuja família pertence ao grupo dos perdedores na guerra civil que dividiu a Espanha ao meio, e da qual saiu vitorioso o fascismo do generalíssimo Francisco Franco, encontra no bosque os cadáveres de um homem e seu filho. As autoridades suspeitam de seu pai pelo fato de ser socialista. A polícia, o prefeito, as autoridades – é tudo a mesma coisa, mostra o filme – parecem interessados em apontar o pai de Andreu pelo assassinato. E, ao que tudo indica, seria uma condenação política: culpe um socialista por um crime, mesmo que ele não seja o criminoso, e será possível se livrar da pessoa indesejável. Esse, mostra o filme, era o lema das autoridades fascistas. Mas Andreu tentará encontrar o culpado. Nestas circunstâncias, Despertará no garoto uma consciência moral que se opõe à mentira como instrumento do mundo dos adultos. Fantástico!

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