Entregue-se com tempo, carinho e disposição à leitura de O Tempo Entre Costuras e tenho a certeza de que não irá se arrepender...
Hoje trago para vocês a indicação de um livro
fabuloso que tive o prazer de desfrutar a alguns meses atrás. O Tempo Entre Costuras narra a
história de Sira Quiroga, uma jovem espanhola que aprende a costurar para
ajudar sua mãe a ganhar o pão de cada dia. Ela está de casamento marcado, mas
se apaixona perdidamente por outro jovem e deixa tudo pra trás pra viver com
ele. Troca sua pacata rotina em Madri pelo desconhecido Marrocos, seguindo uma
avassaladora paixão. Ela e seu amado Ramiro, um aventureiro em busca de
dinheiro, vivem momentos de romance, glamour e futilidade. Mas o sonho vivido
por ela acaba quando, de uma hora para outra, é abandonada no Marrocos, meses antes da Guerra
Civil Espanhola (1936-1939), para ter sua inocência triturada pelos caminhos da
vida. Porém, se transforma uma vez mais para mergulhar, durante a Segunda
Guerra Mundial, em um novo mundo, agora repleto de espiões, impostores e
fugitivos. Completamente sozinha e sem dinheiro, com uma dívida enorme para
saldar e contando com a ajuda da “muambeira” – uma das melhores personagens do
livro em minha opinião – Sira vai aos poucos remodelando sua vida entre uma
costura e outra em meio a duas guerras, se misturando com personagens reais e
fictícios e ganhando cada vez mais a empatia do leitor. As reviravoltas também
são interessantes: quando as coisas começam a se acalmar e acreditamos que Sira
possa viver tranquilamente com a máscara que criou para enfrentar o mundo,
Dueñas, a autora do livro, coloca a heroína em uma nova fase, precisando se
reinventar novamente. Confesso que muitas vezes tive sentimentos confusos
com relação à personagem principal, sobretudo no começo do livro quando ela
estava completamente cega de paixão. Mas Sira não é uma personagem
estática, imutável, e ela aprende a se virar sozinha e a não querer nem
precisar depender de homem nenhum para viver. Ela escreve sua própria história
e aprende a dançar conforme a música. Ela se transforma sem perder sua
essência, evolui sem deixar de ser ela mesma e é isso que torna esse livro tão
cativante e tão merecedor de todos os elogios que possa receber. Minha única
reclamação, se é que assim posso chamá-la, é que fiquei o livro todo esperando
o momento em que Sira apareça com uma rosa na mão como na capa, e esse momento
nunca chegou. Mas talvez eu tenha devorado o livro com tanta gana que a rosa
tenha passado despercebida. Recomendo com muito entusiasmo!
2 Comentários:
Caro amigo,
Ainda bem que posso voltar a contar com suas, maravilhosas, sugestões literárias. Claro que vou ler! Beijo em suas meninas!
Minha querida, que bom que você está acompanhando... Aceito sugestões hein? Abração!!!
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