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Conhecido
por histórias que dialogam com a fantasia e, ao mesmo tempo, apresentam
questões atuais e latentes, o diretor iraniano Majid Majidi usa a singeleza
para imergir nos conflitos presentes em O
Canto dos Pardais (2008). O filme conta a história de Karim, um devotado
trabalhador de uma fazenda de avestruzes que leva uma vida pacata, até que uma das
aves foge e ele perde o emprego. Para suster sua família, Karim vai para Teerã,
capital do Irã, onde acaba se tornando moto-taxista. A mudança do campo para a
região metropolitana vai aos poucos transformando seu caráter, e ele se torna
um individuo ambicioso e ausente aos valores que antes reverenciava. Quando um imprevisto
familiar coloca sua vida em risco, ele reavalia seu comportamento. A partir
daí, a trama provoca reflexões sobre corrupção, princípios e religiosidade. O
conflito entre campo e cidade, família e indivíduo, espírito e matéria se faz
presente o tempo inteiro e garante universalidade à história de Karim, que,
como todo mundo, busca uma forma de ser feliz.
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