terça-feira, 17 de setembro de 2013

A Coleção Invisível. Um filme superior e sensível, que emociona até o mais duro dos corações...


Assisti na UFBA ao filme Baseado no conto homônimo de Stefan Zweig, A Coleção Invisível. A chance de poder ver o desempenho do grande ator Walmor Chagas — que faleceu no início deste ano — já valeria muito a pena. Mas o filme vai além. Com delicadeza o espectador vai seguindo a evolução do personagem central, Beto, vivido por Vladimir Brichta.
Beto, depois de passar por um grande trauma, em que perde vários amigos em um acidente automobilístico estúpido, resolve ajudar a mãe, que passou a administrar o antiquário que era do marido. Beto fica sabendo que um colecionador comprou por intermédio de seu pai, em 1973, um lote de gravuras raras e valiosas do pintor Cícero Dias e resolve investigar o paradeiro das peças. Parte para o sul da Bahia, mais precisamente para Itajuípe, região da fazenda do colecionador, vivido por Walmor Chagas. Entre as peripécias para poder chegar à coleção, Beto faz um mergulho para dentro da sua própria história de vida. Triste e deprimido, deixa Salvador e vai para a região do cacau, que se abateu com a praga da vassoura de bruxa: o que se vê em Itajuípe é abandono e destruição. Mas as dificuldades não param por aí; Beto tem de enfrentar a agressividade tanto da mulher como da filha do velho colecionador, que fazem de tudo para evitar que o rapaz tenha acesso à coleção e ao seu dono.
Sem saber o porquê de tanto cuidado com a vida do patriarca— que está cego (assim como já estava o veterano ator) —, Beto consegue romper o cerco e o velho fica alegre em conhecer o filho de um grande amigo. Marca um almoço para o dia seguinte e, como o combinado, Beto não perde a hora. Este encontro familiar vai modificar profundamente o personagem assim como o rumo do filme.
História simples e muito bem contada, com interpretações sublimes de Walmor e Vladimir, que pôde mostrar sua veia dramática — o grande público o reconhece como um grande comediante, mas neste filme Brichta revela sua diversidade interpretativa. Confira o trailer!
 

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