Esta é uma bela comédia romântica italiana, com uma
vantagem competitiva praticamente insuperável: é quase todo rodado em Veneza.
Juro que, só por isso, já valeria a pena assistir. Ultimamente assistimos uns pastelões
americanos que nos deixaram ainda mais traumatizados. Tenham certeza, não é
isso que encontrarão neste filme. Humor e romance, aos montes. Pastelão,
jamais. Fecha parênteses.
O filme narra a história de Rosalba, uma dona de casa de Pescara, Itália que, está viajando numa excursão de ônibus com sua família. Ao parar em um restaurante de beira de estrada, ela é esquecida pelo marido e pelos filhos. Uma situação propícia para ela fazer o que sempre quis: conhecer Veneza, a cidade dos seus sonhos. Pede carona, deixando apenas um evasivo recado na secretária eletrônica do marido: “Férias”. Nesta pequena escapada, ela irá descobrir uma realidade que nunca experimentou, longe da família e dos afazeres da casa. Enquanto isso, o marido contrata um encanador, fanático por histórias de detetive, para ir atrás da mulher. Mas Rosalba já organizou sua nova vida: arrumou emprego com um velho florista anarquista; um apartamento, que divide com um garçom finlandês, e a amizade da vizinha, Grazia, uma esteticista e massagista. Por insistência do amigo garçom, ela retoma também uma antiga paixão, o acordeão. Quando o encanador-detetive a encontra, ele também percebe que a vida pode ser muito mais divertida do que parece. É engraçadíssimo, mas não há nenhuma
atuação, no núcleo central, obviamente, que se acentue demais sobre as outras.
Estão todos muito bem. O diretor conseguiu aliar com muita harmonia momentos de
muito humor – as perseguições furadas do pretenso detetive – com a reflexão
sobre a situação de Rosalba e de cada um dos personagens que passam a orbitar
nessa ‘retomada’ no rumo de sua vida.
E recomeçar em Veneza, meus caros, é sempre um belo
recomeço…
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