Os Sonhos Não Envelhecem. Uma história de vidas mineiras, emocionantes, engraçadas. A história de um Brasil em que os sonhos não poderiam jamais envelhecer…
Minha indicação literária de hoje vem de lá das Alterosas... “Os Sonhos Não Envelhecem”, escrito por um dos expoentes da música mineira, fundador do chamado “Clube da esquina”, e que emocionou gerações inteiras (inclusive a minha). Em “Os sonhos não envelhecem”, Marcio Borges descreve a trajetória de sua vida, como pessoa e como artista, do Clube da Esquina e seus associados e de muitos outros artistas com os quais conviveu. Narra a história da música mineira das décadas de 60 e 70 (principalmente 70) e de artistas tais como Toninho Horta, Naná Vasconcelos, Lô Borges (seu irmão), Beto Guedes, Fernando Brant, Wagner Tiso, Ronaldo Bastos e tantos outros mais, porém é a história de Milton Nascimento o carro guia da narrativa. Em meio a ditadura que o Brasil enfrentava, esses garotos tiveram uma vida artística bastante produtiva, relacionando-se direta ou indiretamente com os acontecimentos culturais do país. A narrativa acontece em primeira pessoa e Márcio Borges começa com sua juventude quando conhece “Bituca”, apelido carinhoso de Milton Nascimento, e é inserido no universo da música, embora já tivesse contato através do seu irmão mais velho, Marilton, também músico. Muitas vezes o autor ao invés de narrar, compõe, com descrições poéticas que em muitos momentos me peguei enxugando as lágrimas. Aprendi muito também... Através da narrativa, vamos percebendo quais foram as influencias musicais que serviram de base para alavancar a carreira desses mineirinhos especiais, além de que o livro é uma verdadeira aula de cinema, onde o leitor se deleita com as análises de filmes que marcaram o início da segunda metade do século XX.
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