Trago uma excelente dica
literária para esta semana. Trata-se do livro O Dia em Que a Poesia Derrotou um Ditador. Sou suspeito para falar
deste escritor chileno chamado Antonio Skármeta, pois tenho tudo que ele
escreveu e o leio com uma voracidade descomunal; adoro escritores latinos.
Falam da nossa essência. E quando se trata do autor de obras como O carteiro e o Poeta e Não Foi Nada, tenho que ser mesmo
parcial. Com o livro O Dia em Que a
Poesia Derrotou um Ditador, Skármeta ganhou o Prêmio Ibero-americano de
Narrativa. O tom libertário, incorporado a uma escrita compassada e uma
linguagem simples, justifica a comenda. Afinal, no romance, o autor coloca em
ordem o drama e a esperança daqueles tempos obscuros para o povo chileno.
O ideal de liberdade guia a
trama: publicitário perseguido pelo regime militar, Adrián Bettini percebe a
grande chance de retomar sua luta pela democracia quando o plebiscito permitido
pelo ditador Augusto Pinochet libera a propaganda política. Bettini, assim,
assume a campanha do "não", ou seja, contrária à reeleição do déspota.
Ele dispõe apenas de 15 minutos
de publicidade na televisão para transformar a história de seu país. Quinze
minutos contra os 15 anos de Pinochet no comando da pátria. Um grande desafio
diante do homem que governou o Chile até 1990 e uma chance a mais para refletir
sobre a ditadura e a consequente redemocratização do país.
Vale lembrar que o livro serviu
de base para a produção do filme No, estrelado
por Gabriel Garcia Bernal.
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