Textos sobre literatura, música, cinema e filosofia - e sobre o que mais vier.
domingo, 3 de março de 2013
Domingo, poltrona e pipoca... O Concerto. Quero rever muitas vezes... E aplaudi-lo de novo, de pé como na ópera.
Hoje é o dia dedicado aos filmes. Já comecei a maratona e digo desde já
que não sei onde isso vai parar. Vou até às... Bom; deixa pra lá. Vou até onde
der. E já começo trazendo para vocês o filme que acabei de assisti. Um trabalho
maravilhoso, muito bem feito e emocionante; simplesmente uma pintura de filme
intitulado O Concerto. Já escrevi
várias vezes e hoje torno a repetir. Nem toda comédia precisa ser cem por cento
engraçadas; é possível fazer rir e passar grandes emoções. Penso que fazer rir e nos
tocar ao mesmo tempo exige uma dose descomunal de talento, e esse trabalho
produzido na França e na Rússia consegue atingir o objetivo principal de todo
bom filme: Além de entreter, ensinar. Fazer-nos compreender a complexidade que é
o ser humano mesmo sendo em várias sociedades e em vários momentos históricos.
A película conta a história de Andrei Filipov, maestro da orquestra de Bolshoi
no início dos anos 1980, renomado e reverenciado em seu país, mas, por conta de
suas diferenças políticas com o atual regime e ao recusar separar-se de seus
músicos, todos judeus, acabou perdendo o emprego. Anos após a demissão, Andrei
continua trabalhando na Bolshoi, mas não como maestro. Agora, ele é encarregado
da higienização. Em uma das noites de trabalho, como sempre sozinho, limpando a
sala do chefe, Andrei vê chegar um fax, convidando a orquestra Bolshoi para
tocar no Teatro du Châtelet, em Paris. A partir de então, ele tem uma ideia com
ares de vingança: chamar todos os amigos que tocavam com ele à época em que era
maestro e ir a Paris, passando-se pela Bolshoi para uma apresentação. O resto
eu não vou contar; vocês terão que assistir. O que posso dizer agora que estou
terminando este humilde artigo é que O
Concerto faz parte daquela sublime, augusta, exclusiva categoria de filmes
que fazem você levitar. Você não percebe, mas de repente está levitando os pés
a alguns centímetros do chão. E, depois que o filme termina você se pega mais
uma vez pensando: mas que droga, se as pessoas são capazes de tanta beleza,
talvez, quem sabe a humanidade não seja, afinal de contas uma invenção que
definitivamente deu errado…
Sempre fui amante de filmes e um leitor voraz, desde que me entendo por gente. Nunca deixei de achar fascinante o fato de que há histórias maravilhosas dentro de livros e de telas luminosas . Portanto, este blog é uma espécie de extensão do meu hábito de leitura e cinema. Aqui, comento sobre as obras que leio, os filmes que vejo e os comentários geralmente são mais de caráter pessoal do que técnico. A intenção deste espaço é servir de guia para os outros que, como eu, não conseguem ficar afastados de um bom livro ou de um filme espetacular. Ocasionalmente, teço opiniões sobre algum assunto de importância pública. Sejam bem-vindos!
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