Percebam pela capa que este livro em especial não faz parte da coleção
que apresento nos artigos anteriores. É que comprei este livro em um sebo de
São Paulo, diferente dos outro que são da editora Nova Fronteira em parceria
com a L&PM. A história contida aqui é bastante singular. O comissário
emprestará o seu talento no interior da França, mais precisamente na cidade de Étretat.
Valentine Besson, viúva do famoso criador dos produtos de cosméticos Juva, pede
a Maigret para ir até a sua cidadezinha a fim de averiguar a morte de sua
criada que, segundo ela, morrera em seu lugar. A
morte foi por intoxicação e o veneno foi colocado no copo com sonífero líquido
que ela tomava todos os dias à noite antes de dormir. A dosagem era feita por
ela e sempre no mesmo copo, única peça restante de um jogo. Nesse dia, por
achar o remédio mais amargo que de costume devolve-o para Rose que, sem que a
patroa percebesse, resolveu bebê-lo.
Como era seu aniversário, Valentine, que mora sozinha, recebeu nesse dia
sinistro a visita de sua filha que veio de Paris e os filhos de seu finado
marido que também resolveram visita-la juntamente com mulheres e filhos. O que chama mais atenção nessa história é que, a
primeira vista, não havia motivo que justificasse a morte de Valentine e
tampouco a de sua criada. Seu relacionamento com os familiares é o melhor
possível. Não é uma idosa afortunada, mora numa pequena casa deixada pelo esposo
e vive com uma acanhada pensão. As lindas e valiosas joias que um dia tivera há
muito haviam sido substituídas por cópias e vendidas para pagar dívidas da fábrica
de cosméticos.
Depois de levantar todos esses dados, Maigret se questionou: O que está por trás disso tudo? É aí que o nosso bom comissário acaba
descobrindo dramas pessoais e conflitos encobertos entre os personagens. Mais
uma vez comprovamos Simenon em grande forma. Vale a pena conferir!
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