segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

VIAGEM À FRANÇA, DE BENOÎT DUTEURTRE



Este é um livro que nunca li nada sobre ele na mídia, achei-o por um acaso escanteado em uma prateleira da extinta livraria Siciliano aqui em Salvador. Levei para casa, li e me encantei com a simplicidade com que o autor conta esta luminosa comédia social, pontilhada por pequenos dramas, observações sagazes e personagens extraordinários. Viagem à França é um livro para ser saboreado aos poucos, e repetidas vezes. O narrador é um jornalista quarentão francês, que para sobreviver, edita um periódico direcionado a motoristas de táxi. Outro protagonista é David. Um jovem americano, filho de pai francês desconhecido, que chega à França disposto a conhecer o mundo de seus pintores e poetas favoritos. Buscando sempre ecos de uma França que já não existe. Entre ambos, revolve uma galeria de personagens excêntricos. Vivendo situações ora engraçadas, ora explosivas, às vezes trágicas, outras fantásticas, os dois trafegam por uma França globalizada e complexa, que esconde surpresas e revelações - na arte, no relacionamento, no amor. Da paisagem marinha de Le Havre ao cotidiano frenético de Paris, das falesias de Dieppe aos prados do vale do Loire, este romance revela mais do que cenários deslumbrantes. Ao mesmo tempo delicado e impactante, Viagem à França explora o que move o coração do ser humano numa das mais lindas celebrações da vida já escritas nos últimos anos. Um retrato vibrante do mundo atual, pintado com ironia e bom humor, mas igualmente denso em seus propósitos, por seu conteúdo humanista e possibilidade de reflexão.


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