domingo, 12 de dezembro de 2010

UM ANO DE VIAGENS DE FRANCES MAYES



Depois de transformar o sonho de construir uma belle villa na Itália no sucesso mundial Sob o sol da Toscana, 80 semanas na lista dos mais vendidos do The New York Times, a norte-americana Frances Mayes está de volta com mais um livro sobre o irresistível e fascinante prazer de viajar. Em Um ano de viagens, ela convida os leitores a embarcar com ela e o marido, Ed, num périplo por Espanha, Portugal, França, Ilhas Britânicas, Turquia, Grécia, sul da Itália e norte da África. Poetisa e professora de Literatura em San Francisco, Frances Mayes conheceu a fama internacional em 1996 com o livro Sob o sol da Toscana, que vendeu mais de um milhão de cópias e teve traduções em 14 diferentes idiomas. Desde então, ela escreveu quatro livros sobre a Toscana, onde vive metade do ano.Apesar de dividir sua vida em duas casas há muito tempo, ela reconhece a dificuldade que um casal de meia-idade tem para deixar o lar, algo fácil para jovens mochileiros aos 20 anos, mas árduo para quem tem amor pela mobília e roupas de cama de família ? e pegar a estrada, recriando caminhos citados por diversos escritores. As viagens de Frances e Ed não têm qualquer semelhança com os trajetos sugeridos por agentes de turismo. Eles se demoram em pousadas ou casas alugadas, pesquisando a história de cada cidade, país ou lugarejo que visitam. As citações literárias estão por todo o livro. Em Sintra, Portugal, falam sobre os poemas de Byron, que percorreu a região um século antes. Na Sicília, Frances recorda Lampedusa; na Borgonha, Colette; cruzando o Mar Egeu, pensa em Homero. As viagens apresentam o passado sem esquecer as ironias dos tempos atuais. Ed vai de avião da Itália para a Espanha sem documentos. "E isso depois de 11 de setembro...", espanta-se Frances Mayes. Os passeios não se limitam a procurar as sensações descritas na literatura. Frances e Ed encontram diversos locais onde gostariam de viver o resto da vida, aprendem a cozinhar pratos de culinária portuguesa, visitam sítios arqueológicos, velejam pelas ilhas gregas e na Turquia fazem mergulho enquanto discutem o conceito de lar. Viajando, eles se sentem "em casa" o tempo todo. "Vivendo e viajando pela Europa, especialmente na Itália, morei em lugares onde arte e beleza animam o dia-a-dia. E ali foi onde mais me senti em casa. Casa, onde tudo se conecta", comenta Frances, lembrando que T.S. Eliot diz que ao fim de viagens retornamos às nossas origens. Frances Mayes dedica o livro a pessoas ou fatos pitorescos com que se deparou durante o ano em que recolheu impressões para seu livro. A dedicatória inclui uma família de seis pessoas atravessando a França de carro, uma garotinha fazendo manha aos berros às 11 da noite numa tratoria e o conjunto novo de lingerie amarelo que ficou "secando na banheira do hotel". O bom humor, o anseio de conhecer o mundo e um pouco de si mesmo fazem de Um ano de viagens um passeio imperdível para os leitores.

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