Os Girassóis da Rússia
O reencontro com Antonio é constrangedor, pois sua atual mulher Masha (Ludmila Savelyeva) o espera e quando ele desce do trem tenta beijá-la, mas é rejeitado; logo adiante está aquela que atravessou fronteiras em nome de um amor que acreditava perdurar no tempo. Os olhares se cruzam e aí já era tarde demais para um recomeço. Havia outra entre eles.
O amor de Giovanna foi posto à prova e ela não nos decepcionou. Aqui está a diferença de sentimentos – a mulher nasceu para o amor único e verdadeiro e o homem não necessariamente. É minha opinião e o filme me faz refletir sobre este ponto, sobretudo, quando Antonio não volta para sua mulher, mesmo tendo o caminho livre. Por que não voltou? O que falou mais alto? Talvez não a amasse ou acomodou-se diante das circunstâncias. Os homens sempre encontram justificativas para suas fraquezas e covardias amorosas.Decepcionada, a bela Giovanna retorna para seu país e termina por encontrar um companheiro para tentar preencher o vazio deixado pela perda do amado que ficou em terras estranhas. Sabemos e sentimos que ela jamais irá esquecê-lo, viverá para sempre das lembranças de um sentimento que acreditou e que se deu de corpo e alma. A razão a impede de sair em uma nova cruzada, pois ao receber em sua casa a visita de seu ex-marido recusa um convite para acompanhá-lo, quando diz: “... Tenho um filho ali dentro. E sua filinha?... Não podemos esquecê-los.”. A despedida na estação é marcada mais uma vez por um olhar distante; distância que o homem desejado não foi capaz de superar.
Os Girassóis da Rússia é uma elegia ao amor; um tributo aos amantes da sétima arte e um filme para jamais ser esquecido. Uma reflexão sobre os verdadeiros valores da vida a dois, dentre eles um dos mais sublimes: o juramento perante o altar ou em qualquer outro lugar. Promessa esta quebrada por Antonio. “O que restou do nosso amor ficou... No tempo esquecido por você...”.
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