domingo, 27 de janeiro de 2013

Um espanto, um encanto, uma beleza absurda, forte, acachapante. A Dançarina e o Ladrão é um brilho, uma obra-prima.


Uma senhorita morena de cabelos negros sorri no alto de uma montanha. Um garoto sai de um reformatório e um veterano assaltante de caixa-forte é liberado da prisão. O destino vai encarregar-se de promover um encontro entre três diferentes personalidades, mas com desejos em comum. A Dançarina e o Ladrão mostra através do roteiro, a política como pano de fundo no novo filme do diretor espanhol Fernando Trueba, de “Quero Dizer Que Te Amo”, “A Garota dos Seus Sonhos” (1998), entre outros. Após o final da sangrenta ditadura de Augusto Pinochet, o governo do Chile decreta anistia aos presos com delito sem sangue. Os resíduos deste período histórico de 1973 a 1990 estão presentes diretamente na vida dos três personagens do filme. Talvez o trauma mais evidente em “A Dançarina e o Ladrão“, seja da morena de cabelos encaracolados (Miranda Bodenhöfer). Com o sugestivo nome de Victoria, ela é hoje uma tímida bailarina, que após ver seus pais serem assassinados na sua frente e ainda criança, ela perdeu a fala.
O garoto Ángel Santiago é o típico cara de bom moço, porém todo cheio de espertezas, malandragem, temperamental e mentiroso, tão conhecido por nós brasileiros. É justamente como o jeito latino que Ángel conquista a Victoria. Juntos eles formam um casal de extremos. Ángel planeja um ambicioso e arriscado assalto; para isso terá de contar com a ajuda de Nicolás Vergara Grey (Ricardo Darín). O veterano ator argentino, Ricardo Darín deixa sua marca ao interpretar um introspectivo e deprimido ladrão de bancos. Vergara Grey sai da cadeia e tenta resgatar sua reputação para reconquistar sua família.
Em “A Dançarina e o Ladrão”, o diretor Fernando Trueba usa o lúdico para romancear a dura vida e as ações de seus personagens.

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