“As aventuras de Pi” é um filme sobre identidade, sobre família, sobre amor, sobre perdas,
sobre palavras que nunca foram ditas, sobre religião, e sobre fé. Ao contrário
do que o título nacional indica o filme não mostra amplas aventuras, e sim
lembranças e algumas passagens importantes da vida do ator principal. Pi divide conosco alguns eventos da infância e juventude que o tornaram
o adulto de hoje, desde a escolha de seu curioso nome pelo pai e a forma
criativa que o garoto achou para não ser alvo de zombarias no colégio por causa
de sua graça, as várias religiões adotadas por ele, o encontro com o primeiro
amor e a venda do zoológico que culminou na funesta viagem da família.
A maior parte do longa-metragem se passa no bote, com apenas Pi e Richard Parker, o majestoso tigre
sobrevivente, em cena. O que fazer quando se está perdido no meio do mar, à
deriva, tendo um imenso carnívoro como “companheiro de viagem”? Como Pi logo compreende,
a resposta pode não ser tão simples, já que, inexplicavelmente, a sobrevivência
de um está diretamente ligada à do outro. Um filme comovente, com um visual fascinante,
feito de metáforas e reflexões. Uma ótima forma de começar minhas sessões de
cinema em 2013.
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