O Abraço Partido - Mais uma vez Argentina



Este foi o terceiro dos quatro filmes em que o diretor Daniel Burman, nascido em Buenos Aires, trabalhou com o ator Daniel Hendler, nascido em Montevidéu. Fariam juntos dois anos depois Direito de Família, que é ainda melhor que este aqui. O Abraço Partido conta, com um ritmo gostoso, agradável, as histórias de várias pessoas que têm em comum o lugar onde trabalham e se encontram, uma galeria de lojas em Buenos Aires. Ariel, o personagem de Daniel Hendler, é uma das pessoas que freqüentam a galeria; sua mãe tem uma lojinha de lingerie, seu irmão trabalha com exportação e importação; algumas pessoas estão à procura de passaporte do país da Europa unificada de onde vieram seus pais e avós, uma saída para a vida sempre apertada em um país do Terceiro Mundo de economia sempre instável. Já Ariel está à procura de respostas para suas dúvidas de jovem ainda não instalado no mundo dos adultos – inclusive as sobre sua origem, sua família, seu pai, que um belo dia abandonou mulher e filhos para ir lutar no exército de Israel e nunca mais deu notícia. Este é um grande exemplo de um filme feito com poucos recursos (como a maioria dos filmes argentinos), onde o perdão, a reconciliação, a vontade de assumir as origens é explícita, além do mais mostra que não é preciso falar o tempo todo em holocausto par nos enternecer.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial