segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Emoção e literatura - O Que o Dia Deve a noite



Uma lágrima rolou. Não pude segurá-la ao findar a leitura deste soberbo livro do franco-argelino Yasmina Kadra. Já havia lido outras obras dste autor - fantásticos trabalhos por sinal - mas nunca senti tanta emoção como agora. Uma cachoeira de emoções. Neste trabalho, Kadra nos oferece um poderoso romance ambientado na Argélia colonial (entre 1936 e 1962) - uma Argélia torrencial, apaixonada e dolorosa - e lança uma nova luz numa escrita soberba e com a generosidade que já conhecemos em trabalhos anteriores, sobre a separação de duas comunidades apaixonadas por um mesmo país. O livro conta a história de um rapaz que nasceu nos campo da Argélia onde sua família tinha uma propriedade e sobreviviam do que plantavam. Cero dia, alguém criminosamente ateia fogo na plantação de trigo e sem poder pagar os credores são obrigados a dixar as terras que seu pai havia hipotecado. Partem para acidade de Orã, onde viverão no subúrbio, tendo como vizinhos apenas a miséria. Younes (esse é o nome do personagem principal que é também o narrador da história), porém tem a sorte de ganhar a simpatia de um tio que propõe ao seu pai criá-lo, pois pelo menos ele terá uma chance de ter um futuro diferente do de seus pais. Novos caminho são abertos para esse jovem que passa a conviver com uma realidade bastante diferente da que conhecia, novas pesoas entram em sua vida e um turbilhão de acontecimenos -que vão desde a guerra pela independência - até o amor deixarão marcas indeléveis e eternas. Ambientes de pobreza e riqueza são postos lado a lado, confrontos interiores, amores proibidos, loucura dos jovens, tudo isto num romance histórico que lança uma nova luz sobre a Argélia das décadas de 30 a 60. Vale apena ler.

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