sábado, 4 de junho de 2011

O Cinema Tcheco

Daqui a pouco sairei pra uma reunião informal com amigos. Na verdade trata-se de um chá de cozinha da minha amiga Eloísa e não sei quando voltarei. Só passei por aqui porque acabei de assistir a mais um grande filme tcheco chamado "A pequena loja da rua principal". Depois de ter assistido a esta maravilhosa película, me veio a mente comentar sobre quão produtivo já foi o cinema tcheco, principalmente nos anos 60 à 80. Belos filmes dirigidos por excelentes cineastas encantaram platéias no mundo inteiro, e justamente em um momento de grandes mudanças políticas e sociais, esses trabalhos eram de grande admiração. A juventude se identificava com as histórias quando comparavam com a realidade que estavam vivendo. Luiz Carlos Mertem, colunista da Folha e da Rádio Metrópole, certa vez escreveu em sua coluna de cinema do jornal paulista que (...) "O cinema checo era maravilhoso. Lembro-me dos filmes de Milos Forman (‘Pedro o Negro’, ‘Os Amores de Uma Loira’, ‘O Baile dos Bombeiros’), dos dois filmes checos que ganharam o Oscar em 1965 e 67 (‘A Pequena Loja da Rua Principal’, de Kadar e Klós, e ‘A Pequena Loja da Rua Principal’, de Jiri Menzel) e de tantos outros filmes que foram marcantes na época. ‘Um Dia Um Gato’, ‘Um Desafio à Vida’, ‘Os Cachimbos do Adultério’, ‘A Tarde um Velho Fauno’ (de Vera Chytilova, que trabalhava muito com o marido, um grande diretor de fotografia, como era mesmo o nome dele? Kucera, alguma coisa assim) e, naturalmente, os filmes de marionetes de Karel Zeman e Jiri Trnka. Zeman fez uma adaptação de Jules Verne (‘Aventuras Fantásticas’) que era uma coisa de louco. E o Trnka, então? Considerado o maior diretor de filmes de marionetes – era assim que P.F. Gastal o definia em Porto Alegre – ele adaptou Shakespeare (‘Sonhos de Uma Noite de Verão’) e fez uma paródia de western que era uma delícia (‘A Canção da Pradaria’). Vocês já têm indicações suficientes para muitas viagens na internet, mas ainda falta aquela que foi a primeira de todas, num post anterior, quando disse que assisti no Peru ao filme de Karel Kachyna ‘Saltando Otra Vez los Charcos’. Era tão bonito… Gostaria de acreditar que continua sendo, 40 anos depois."

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