terça-feira, 31 de maio de 2011

Livro Manon Lescaut



Faz dez dias que acabei de ler este magnífico romance. Digo magnífico porque é impossível não constatar a coragem do autor em cada página escrita; em uma época que certas histórias eram proibidas e certos assuntos deviam ficar esquecidos, nos porões de castelos e abadias da Europa. Antoine-François Prévost (1697-1763), escritor francês, teve uma vida bem conturbada. Hesitando entre a carreira militar (lutou na guerra da sucessão espanhola e na franco-espanhola) e a vida religiosa, terminou por decidir-se por esta última, passando pela Ordem dos Jesuítas e pela Ordem dos Beneditinos, na qual fez os votos em 1721. Por causa de um desentendimento com abades desta última Ordem, que lhe rendeu uma ordem real de prisão, Prévost fugiu para a Holanda, Inglaterra e depois voltou a morar, clandestinamente, na França. Posteriormente, em 1736, foi perdoado pelos beneditinos e o papa.Foi na Holanda que, pela primeira vez, o romance A história do Cavaleiro des Grieux et de Manon Lescaut foi publicado (1730). A obra foi considerada escandalosa, e condenada pela Igreja. Em 1753, sai uma nova edição, revisada e acrescida de um episódio. A bela e imorredoura história de amor do Cavaleiro des Grieux e de Manon Lescaut deu origem à célebre ópera de Giacomo Puccini, bem como, adentrando o século XX e o XXI, a vários filmes e séries para a televisão.

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