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Da mesma forma que havia feito sua declaração de amor ao cinema em A Noite Americana (1973), François Truffaut (1932 – 1984) destinou, em 1980, um gesto idêntico ao mundo do teatro. O Último Metrô (Le Denier Métro) tem sua ação ambientada em 1942. Na Paris ocupada pelos nazistas, uma atriz toma a direção do Teatro de Montmartre quando seu marido, um judeu alemão, deve se esconder para sobreviver. O filme recebeu, entre outros, os quatro principais prêmios César do ano: filme, diretor, ator (Gerard Depardieu) e atriz (Catherine Deneuve). Mas as opiniões da crítica foram diversas. Houve quem achasse o filme de Truffaut muito parecido com os chamados “filmes de qualidade” que ele tanto criticava em seus tempos do Cahiers du Cinéma. O alemão Heinz Bennent faz o papel do marido de Catherine Deneuve, que vive a atriz que se apaixona pelo ator principal do elenco, vivido por Gerard Depardieu. O marido fica escondido no porão do teatro, de onde de certa maneira coordena a produção e descobre novos aspectos da vida de seus atores e da conduta de sua própria mulher. A questão do adultério é enfocada a partir desse triângulo amoroso real. Feito com muitos cuidados de produção, O Último Metrô tem ainda no elenco Jean Poiret, Andréa Ferréol, Jean-Louis Richard e Sabine Haudepin.
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