sexta-feira, 26 de julho de 2013

O Mágico... Me emocionei ao ver esse filme. Chomet não apenas faz um grande filme como também uma bela homenagem a um período artístico que ficou esquecido e deu lugar à uma nova geração nos fins dos anos 50 e anos 60...



Ontem a noite assisti ao singelo filme/animação O Mágico, dirigido por Sylvain Chomet. A história do filme começa em 1959 com um mágico francês chamado Tatischeff; esta é uma homenagem ao diretor de cinema francês Jacques Tati cujo verdadeiro sobrenome era Tatischeff. Já na época da história o mágico é um tipo de artista em extinção. Com os emergentes astros de rock roubando a cena no fim dos anos 50, ele é forçado a aceitar cada vez mais trabalhos obscuros em teatros de periferia, festas de quintais, bares e cafés. Ao empreender uma viagem ao Reino Unido, em busca de quem aprecie o seu trabalho, encontra Alice, uma garota simples que mudará sua vida. Observando a apresentação dele para empolgados aldeões que comemoram a chegada da eletricidade em sua remota ilha, Alice fica enfeitiçada pelo seu show e acredita que seus truques são mágica de verdade. Quando o mágico vai para Edimburgo, ela o segue e acabam vivendo uma relação de amizade que ultrapassa os limites as barreiras culturais existentes entre eles, como por exemplo o idioma. Encantado com o entusiasmo dela por seu número, ele a recompensa com numerosos presentes extravagantes que ele “faz aparecer”. Desesperado para não decepcioná-la, ele não pode revelar que a mágica não existe e que comprar aqueles presentes o está levando à ruína. Mas Alice cresce, encontra o amor e se muda. O Mágico não precisa mais fingir e, revelado por sua própria rede de mentiras, ele retoma sua vida como um homem mais sensato. Encanto e melancolia, magia e realidade, antigo e novo, arte e mercadoria, é nesse caminho impreciso que se estrutura O Mágico. Desesperança quanto ao mundo? Não. A esperança, por menor que seja, permanece. A magia pode estar quase esquecida por completo, mas ela existe.

 

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