Maravilha esse HQ. Encontrei-o
numa livraria aqui em salvador; li o livrinho todo ali na própria livraria.
Chamou-me atenção a forma simples, porém verdadeira, e didática que a autora
utilizou para ensinar as crianças sobre os horrores dos conflitos em muitos
países do mundo e nos faz entender (ou pelo menos tentar) como pensa uma pessoa
que precisa abandonar o seu país por conta de guerras e conflitos. O livrinho
narra a história de Azzi e seus pais. Eles vivem harmoniosamente em seu amado
país, até que começa uma sangrenta guerra civil e eles passam a correr perigo. Precisam
fugir às pressas, deixando para trás sua casa, seus parentes, seus amigos, suas
profissões e sua cultura. Ao embarcarem rumo a um país desconhecido levam, além
da pouca bagagem, a esperança de uma vida mais segura.
Baseada na experiência de
trabalho entre famílias de refugiados, a autora e ilustradora Sarah Garland conta, com
carinho e profundidade, a história tocante de uma família que é obrigada a
viver um difícil deslocamento enquanto seu país é devastado pela guerra. Terão
de encarar a saudade que sentem dos familiares que ficaram e muitos desafios:
aprender outra língua, acompanhar a desesperança dos pais, habituar-se à nova
casa e cidade, frequentar a nova escola e fazer novas amizades. Um outro país para Azzi, um
livro ilustrado na forma de quadrinhos, introduz aos pequenos leitores, com
sensibilidade e veracidade, o que é ser uma criança refugiada. Simbolicamente,
Azzi — e o leitor também — vai se dando conta de que, apesar do sofrimento, é
possível adaptar-se à nova terra, como o pé de feijão que ela planta e vê
crescer. Quando chegamos ao fim da história só
temos um anseio: que a vida de Azzi, como a de milhares de crianças refugiadas,
possa ser boa apesar de tudo.
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