Textos sobre literatura, música, cinema e filosofia - e sobre o que mais vier.
terça-feira, 16 de julho de 2013
Bem Amadas. Elenco presume ótimo filme, mas fica por aí...
Ontem assisti ao filme Bem Amadas, do diretor francês
Christophe Honoré que se debruça sobre as jornadas de mãe (Madeleine) e filha
(Vera), personagens interpretadas por Catherine Deneuve e Chiara Mastroianni,
mãe e filha na vida real. O filme cobre mais de quatro décadas (de 1964 a
2007), transita por vários países e evoca fatos históricos (a Primavera de
Praga, o surgimento da Aids, os atentados de 11 de Setembro) que emolduram
trajetórias individuais. Na Paris dos anos 60 ou na Londres dos anos 2000.
Madeleine e Vera vivem intensamente seus amores. Mas o amor pode ser leve,
doloroso, doce e amargo. Neste trabalho Honoré presta uma homenagem às mulheres
e à paixão. O filme é agraciado com grandes estrelas do cinema europeu, como
Ludivine Sagnier e Louis Garrel, o atual galã do cinema francês e
ator-assinatura de Honoré. A nova película conta também com a presença de Milos
Forman, que desta vez só atua, e a símbolo sexual dos anos 1960, Catherine
Deneuve. E por último, e não mesmo importante, sendo uma das protagonistas,
Chiara Mastroiani (filha na vida real de Marcelo Mastroiani e Deneuve). Com um
elenco de primeira e sob a regência de um diretor de mão cheia, o filme não
tinha como ser ruim. Contudo, não foi o que aconteceu. A forma de explorar as
aventuras e desventuras amorosas de mãe (Deneuve e, mais jovem, como Sagnier) e
filha (Chiara) ao longo dos anos – entre 1960 e 2000 – cansa. O musical,
bastante utilizado nos filmes de Christophe Honoré, desta vez entrou em um aporrinhador
exagero,. Não que os atores estivessem desafinados neste ofício, eles se saíram
bem, mas quase sempre quando terminava uma cena, um ator protagonista em
questão cantava para expelir a ação psicológica interna dos personagens, e, às
vezes, por muito tempo, causando tédio.O que houve com o cinema
francês intimista que sempre buscou nos silêncios dizer mais que mil palavras?
A cena é um artifício supérfluo e apenas sintetiza o que já foi passado,
impedindo assim o público de usar a imaginação. O recurso poderia ser mais
proveitoso se fosse algo parecido como em A Bela Junie, utilizado uma única vez
e bastante justificado para a ação ulterior nefasta. Segue abaixo o trailer do filme.
Sempre fui amante de filmes e um leitor voraz, desde que me entendo por gente. Nunca deixei de achar fascinante o fato de que há histórias maravilhosas dentro de livros e de telas luminosas . Portanto, este blog é uma espécie de extensão do meu hábito de leitura e cinema. Aqui, comento sobre as obras que leio, os filmes que vejo e os comentários geralmente são mais de caráter pessoal do que técnico. A intenção deste espaço é servir de guia para os outros que, como eu, não conseguem ficar afastados de um bom livro ou de um filme espetacular. Ocasionalmente, teço opiniões sobre algum assunto de importância pública. Sejam bem-vindos!
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