Textos sobre literatura, música, cinema e filosofia - e sobre o que mais vier.
domingo, 28 de julho de 2013
O Caso dos Irmãos Naves. Um filme que pode ser visto como atemporal. A única ressalva negativa é sobre como uma realização como essa pode ficar esquecida, mal-tratada e sem seu devido respeito. Lamentável e uma grande pena...
Ontem à noite assisti ao filme O Caso dos Irmãos Naves num canal a cabo especializado em filmes
antigos. Trata-se de um filme nacional produzido nos anos 60. O filme baseou-se
numa história ocorrida nas décadas de 30 e 40, quando um caso policial ficou em
evidência no Brasil. Estamos falando de uma época aonde a violência não era
banalizada como hoje. Os meios de comunicação não massificavam tanto o tema com
noticias sensacionalistas, até porque tudo era mais lento e menos imediatista. Em
Araguari, uma cidade do interior de Minas Gerais, um homem chamado Benedito
some sem deixar rastros. Benedito era sócio de Sebastião Naves (Juca de
Oliveira) e Joaquim Naves (Raul Cortez) em um caminhão,
transportando cereais. Junto com o homem, também desapareceu uma boa quantia em
dinheiro. O ocorrido causa um grande alarido na pequena cidade. O que teria
acontecido a Benedito? Seu pai não acreditava que ele poderia ter fugido.
Benedito era visto como bom homem na sociedade local. Alguns depoimentos pequenos
aqui, outros desencontrados ali e logo o chefe policial local, conhecido como
Tenente chega a uma conclusão: os irmãos Naves mataram Benedito e ficaram com o
dinheiro. No julgamento são absolvidos duas vezes, mas são condenados pelo
veredicto da Corte de Justiça. Quinze anos mais tarde (1952) o tal Benedito
reaparece dizendo desconhecer o ocorrido. Um dos irmãos já havia falecido. O
outro é reabilitado, conseguindo com dificuldade obter uma indenização. Um
drama violento sobre dois irmãos envolvidos num trágico erro judicial ocorrido
em Araguari MG, que traumatizou o país e até hoje os cursos de direito utilizam
deste caso como debate. Segue o Trailer.
Sempre fui amante de filmes e um leitor voraz, desde que me entendo por gente. Nunca deixei de achar fascinante o fato de que há histórias maravilhosas dentro de livros e de telas luminosas . Portanto, este blog é uma espécie de extensão do meu hábito de leitura e cinema. Aqui, comento sobre as obras que leio, os filmes que vejo e os comentários geralmente são mais de caráter pessoal do que técnico. A intenção deste espaço é servir de guia para os outros que, como eu, não conseguem ficar afastados de um bom livro ou de um filme espetacular. Ocasionalmente, teço opiniões sobre algum assunto de importância pública. Sejam bem-vindos!
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