quarta-feira, 15 de junho de 2011

O Dia do Coringa




"Quem quer entender o destino tem que sobreviver a ele". Uma bela frase pinçada de um excelente livro, chamado O Dia do Coringa, do escritor norueguês Jostein Gaarder, aclamado por seus livros, como O Mundo de Sofia. Pude ler alguns deles e o que mais me chamou atenção é que todos tem como objetivo a desenfreada busca pelo conhecimento. Sempre com histórias surreais, o autor nos coloca paulatinamente na filosofia, mostrando que o filósofo não detém todo o conhecimento; ao contrário, ele está sempre na busca do conhecimento. O livro nos apresenta Hans-Thomas, um norueguês de 12 anos que cruza a Europa (da Noruega à Grécia), com seu pai, em um FIAT vermelho, à procura de sua mãe (que fugiu de casa para “se encontrar”).
Nesta viagem, cada parada é uma viagem (quem conhece o autor sabe muito bem do que estou falando), até que em duas paradas, aparentemente comuns, Hans-Thomas ganha, de um anão misterioso, uma lupa (feita de um caco de vidro retirado da barriga de um cervo) e quatro pães doce de um padeiro. Pronto. Somando o que acabei de explicar com a sinopse apresentada na contracapa do livro, eu vos digo, o livro não vende. Venderia por ter sido escrito por um grande autor. Uma das coisas que me chamaram muito a atenção são as muitas viagens fantásticas que se entrelaçam numa viagem única e ainda mais fantástica e que só poderá ser feita por vocês. Lembram dos pães que nosso personagem ganhou do padeiro? Dentro de um deles tem um mini-minúsculo-mínimo livro, do tamanho de uma caixa de fósforos. Como ele conseguiria ler tal coisa diminuta? Opa, ele não havia ganhado uma lupa, feita de caco de vidro retirado do estomago de um cervo, de um anão misterioso? A partir desse momento, a obra ganha outros ares, outro rumo. Fantástico! Na capa do livrinho, estava escrito “A bebida púrpura e a ilha mágica”. A partir da leitura desse livrinho, a obra desencadeia uma narrativa paralela, em que mitos gregos, maldições de família, náufragos e cartas de baralho que ganham vida transformam o livro em algo que você precisa devorar. A ilha mágica do título do livrinho é toda povoada por cartas de baralho, tudo fruto da imaginação de certa pessoa, e tomada pela “sede” da bebida púrpura. Cada mês leva o nome de uma carta do baralho, resultando em um ano de 13 meses com 28 dias cada. Fazendo as contas o ano na ilha teria 364 dias. Esse dia restante é o dia do Curinga. Mas porque o curinga só tem um dia no ano? Uma leitura altamente recomendada não só para os fãs do autor, mas para todos que gostam de uma viagem literária. Ao ler este livro vocês comprovarão que “Quem lê, viaja” e com certeza dirão, ao final do livro, “EU SOU UM CURINGA”. Além de brincarem com alguns amigos “se o mundo fosse um deck de baralho, qual carta você seria?” já ri muito com os que disseram que seria o rei. Por isso é que eu convido vocês a viajarem, apreciarem bastante a bebida púrpura e se apaixonarem pelo curinga

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