sexta-feira, 10 de junho de 2011

Livro Cinema Político Italiano anos 60 e 70

Esse livro não pode faltar na estante de nenhum cinéfilo. São obras como esta que engrandecem cada vez mais o mundo cinematográfico, principalmente no que se refere ao cinema político. Entrevistas inéditas realizadas na Itália em 2006, com os grandes do cinema político italiano, que conheceu seu período áureo entre os anos 1960 e 1970, compõem o corpo principal do volume lançado durante a 30ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, em coedição do evento com a Cosac Naify. Trinta anos após a eclosão do gênero, as autoras Angela Prudenzi e Elisa Resegotti foram buscar os depoimentos surpreendentes - sobretudo pelas lições de ética e de estética que encerram - dos realizadores que, com o seu empenho social e político, denunciaram as mazelas da sociedade de seu país e procuraram ecoar pelo mundo os sonhos embutidos nos grandes movimentos políticos internacionais daquelas décadas. Com sábio olhar de distanciamento, esses criadores analisam os filmes daqueles anos e os confrontam com a atual sociedade globalizada. Entre os quinze entrevistados estão Marco Bellocchio, Vittorio de Seta, Vittorio Taviani, Bernardo Bertolucci, Damiano Damiani, Ettore Scola, Mario Monicelli, Dino Risi, Giuliano Montaldo e Francesco Rosi. Há, ainda, uma conversa com a brasileira Florinda Bolkan - protagonista do principal filme do gênero: Investigação sobre um cidadão acima de qualquer suspeita (de 1969, ganhador de Oscar e da Palma de Ouro de Cannes), de Elio Petri - e uma fortuna crítica com dezessete textos sobre o tema, publicados em jornais brasileitos entre 1969 e 1998, de autoria de críticos como Orlando L. Fassoni e Ely Azeredo, entre outros. O volume é fartamente ilustrado com fotogramas de mais de sessenta filmes.

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